Sites são a cara das empresas na internet


10/05/2005

Sua empresa ainda não deu o ar da graça na internet? Nunca é tarde para marcar presença. É só escolher um profissional para tocar a empreitada. Mas aí surge a dúvida: investir para ter uma página melhor e com mais recursos ou economizar e adotar um site mais limitado?

“Gastar 3.800 reais para desenvolver um site? Só pode ser piada! Meu sobrinho faz esse trabalho para mim por 300 reais.” Respostas desse tipo fazem parte do dia-a-dia das agências de criação de soluções web. Tanto que até já deram nome a esses jovens desenvolvedores: são os ‘sobrinhos homepage’”, diz Rodrigo Brito, diretor comerical da DM Web, empresa de criação de soluções para a web.

A diferença de valores cobrados pela criação de sites institucionais é realmente impressionante. As agências especializadas apresentam orçamentos médios que ficam entre 1.800 reais e 5.600 reais, enquanto desenvolvedores independentes pedem, muitas vezes, apenas 300 reais para realizar o trabalho. Escolher o mais econômico, no entanto, nem sempre é a opção mais inteligente.

Os especialistas alertam para o fato de o barato sair caro muitas vezes, já que um trabalho malfeito pode exigir novos investimentos para ser corrigido. “Há casos que vão parar na Justiça porque o contratado promete um serviço que não consegue entregar”, diz Helton Falusi, diretor da HTC, empresa especializada em soluções de internet.

Falusi justifica a disparidade de preços listando uma série de diferenciais dos serviços especializados. Para começar,qualquer projeto deve obrigatoriamente seguir uma identidade visual. E esses elementos de identificação têm de levar em conta o público-alvo, bem como o que ele espera do site. Segundo ele, o valor cobrado por agências especializadas é naturalmente mais alto porque elas dedicam diversos profissionais para um único trabalho – há desde um web designer até uma equipe de criação e um gerente de projeto.

“É arriscado contratar apenas um profissional, pois dificilmente ele será bom tanto na criação de um layout adequado quanto na programação do site”, sugere o diretor. “Se o site é voltado para jovens, por exemplo, é interessante incluir muitos recursos de interatividade. Já se o público-alvo é formado por profissionais mais velhos, as informações devem ser claras e objetivas”, explica. O risco é abalar a imagem da empresa. “O site é como um cartão de visitas. Se for feio ou bagunçado, o internauta certamente vai imaginar que a empresa é ruim e desorganizada”.

O executivo também destaca que as ferramentas de publicação e editores de html existentes atualmente auxiliam bastante o trabalho, mas não dão conta do recado. “Na hora de programar efetivamente, o profissional precisa ter muito conhecimento de códigos”, diz. Rodrigo Brito, da DM Web, concorda. “As ferramentas de publicação, por si só, não funcionam. O site pressupõe um processo de criação visual. É impossível padronizar um layout. Não dá para ter uma estrutura engessada”, diz.

No caso do desenvolvedor independente falhar na hora da programação, o cliente pode, no final das contas, gastar novamente com a contratação de empresas especializadas capazes de corrigir os erros. Quando isso acontece, o projeto precisa ser “demolido” e construído novamente a partir do zero. (segue)

Fernanda K.Ângelo, PC World

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