O retorno do e-business


21/08/2003

“Em cinco anos, todas as empresas serão companhias de internet.” A frase é de Andy Grove, o principal executivo da Intel, em junho de 1999.

Daqui a um ano, a profecia do autor de “Só os paranóicos sobrevivem” não se concretizará, mas o impacto dos negócios eletrônicos na maioria das corporações do globo é uma prova de que o e-business deu certo. E por quê?

  • porque reduz custos: empresas que levaram seus antigos processos para o mundo eletrônico estão fazendo-os mais rapidamente e com custos menores.

  • porque é mais um canal: sim, ao contrário da época em que os consultores mandavam as empresas do mundo físico se canibalizarem, a regra, agora, é integrar-se. Quem inves“etiu na Web construiu mais um canal de vendas, que não concorre com o tradicional.

  • porque o intermediário ficou mais forte: em vez de eliminar a força indireta de vendas, ela revigorou-se. Ninguém, em sã consciência, bate de frente com os parceiros de negócios, como demonstraram os casos das indústrias automobilística ou de seguros.

  • porque ele está integrando as empresas: o esforço de vendas online e a conexão com os parceiros forçam as companhias a contarem com processos informatizados, facilitando a interação, planejando a produção e ajustando os estoques. Esta integração aumenta a eficiência operacional.

  • porque seu quintal pode ser o mundo: você pode vender para qualquer lugar do planeta sem estar fisicamente na maioria deles, com o mesmo nível de serviço se estivesse.

  • porque ele melhora o atendimento ao cliente: a Web, para um grupo de consumidores que em geral são os de maior poder aquisitivo, é um canal conveniente para resolver os problemas. Muitas vezes este contato online é mais barato do que outros meios, como o telefone.

  • E, por fim, porque, em alguns setores, é a diferença entre a vida e a morte: determinadas áreas estão sofrendo de tal forma o impacto da digitalização dos negócios que a única alternativa é engatar-se no trem do e-business sob o risco de, se não o fizer, ficar ultrapassado perante as transformações do mercado.

    Se não faltam argumentos para provar que o e-business está dando certo, agora até os números são favoráveis. As fantásticas projeções dos consultores para os negócios de internet, é verdade, mostraram-se erradas. Mas porque elas foram conservadoras demais, demonstra uma reportagem da BusinessWeek, revista norte-americana de negócios. Em 1999, a previsão para os negócios eletrônicos entre empresas, conhecido pela sigla B2B (do inglês business-to-business), em 2003, era de 1,3 trilhão de dólares. A Forrester Research diz que deve alcançar 2,4 trilhões de dólares este ano. “Hoje não há business sem o e”, afirma Rusty O´Brian, gerente da área de pesquisas de internet e telecomunicações da IDC Brasil. “Uma coisa é pontocom, outra é e-business”, ratifica o diretor de estratégia da E-Consulting, Daniel Domeneghetti. (segue)

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