O \”gostinho\” da inclusão digital
19/04/2005
Urge o acesso do maior número de pessoas à informação via internet. Cada vez mais as empresas de telecomunicações têm um papel fundamental na inclusão digital que, em muitos casos, se confunde com a própria inclusão social. Especialmente em áreas onde a infra-estrutura é inexistente para qualquer tipo de comunicação de voz e dados ou em grandes projetos onde a interligação entre várias operadoras e centros de controle encarece sobremaneira o preço final.
Por isso, muitas empresas do setor no Brasil já se movimentam para realizar o processo de inclusão não apenas em localidades remotas, mas também em grandes centros urbanos. Em São Paulo, por exemplo, milhares de cidadãos podem tirar seus documentos no bairro em que moram, com agilidade e segurança, graças ao novo sistema móvel do Poupatempo, que passou a utilizar o acesso à internet banda larga via satélite. Casos como o do Poupatempo mostram como é fundamental o compromisso das empresas de telecomunicações com a sociedade no sentido de garantir que as pessoas sejam mais respeitadas.
Tudo isso através da combinação perfeita entre tecnologia e o desejo de estender o direito à conectividade digital a um número maior de cidadãos. Também no Rio de Janeiro existe um projeto importante de inclusão digital. Ao contratar o acesso à banda larga via satélite, a prefeitura de São Gonçalo permite que cada morador utilize a internet, uma hora por dia, em locais públicos muito bem equipados. Com essa iniciativa, estudantes que não têm computador podem realizar pesquisas e outros trabalhos usando a infra-estrutura oferecida pelo município.
Com a popularização da tecnologia de satélite no Brasil e conseqüente redução de custos, exemplos como esses se multiplicarão em outras localidades, transformando o direito à informação em uma realidade mais próxima para um número maior de pessoas. É a tecnologia via satélite contribuindo com o processo de inclusão digital no País.
Outra grande vantagem dessa tecnologia é cobrir regiões onde é impossível implantar redes de comunicação convencionais, como é o caso das grandes propriedades rurais no Triângulo Mineiro e no Estado de Goiás. Sem os serviços satelitais, essas regiões não poderiam usufruir de diversos recursos proporcionados pelo acesso à internet banda larga, como transmissão de dados, internet rápida, telefonia voz sobre IP (VoIP) e VPN.
Com tecnologia de ponta à disposição, fazendeiros, executivos e empresários do agribusiness podem controlar todos os seus negócios via internet. Além disso, recursos como o VoIP geram economia e acabam sendo especialmente úteis em regiões cuja única alternativa de comunicação seria o telefone celular. Na área rural, escolas e postos de saúde também podem se beneficiar com as soluções em telecomunicações via satélite e serviços multimídia, agilizando a busca de informações pela internet, marcação de consultas e interatividade com outras regiões do País.
Por todas essas possibilidades oferecidas pelos serviços satelitais, 2005 promete ser um ano aquecido para esse setor. Um cenário otimista também para aqueles que, pela primeira vez, poderão se beneficiar do acesso aos serviços de voz e dados com gostinho de inclusão digital.
Gazeta Mercantil
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