China Mobile e Google explorarão mercado de celular

05/01/2007

O Google e a China Mobile, a maior operadora de telefonia celular do mundo, assinaram um acordo para exploração conjunta do ainda embrionário mercado da busca de informação pelo telefone celular na China, informou hoje a agência Xinhua. Pelo contrato, a operadora instalará o motor de busca do Google em sua plataforma de celular. Assim, seus usuários poderão ter acesso aos conteúdos disponíveis no site, como notícias, ringtones, fundos de tela, vídeos e jogos. O acordo pode melhorar a posição do Google na China. Atualmente, a empresa se encontra num discreto segundo lugar, atrás do buscador chinês Baidu, que conta com três vezes mais usuários.

O Google também anunciou recentemente a compra de uma parte da Xunlei Networking Technology, uma rede de troca de arquivos pela internet com mais de 80 milhões de usuários chineses. Com a compra, o Google poderá instalar sua barra de ferramentas e motor de busca no software da Xunlei e em seu site, que recebe mais de 50 milhões de visitas diárias.
“Nossa cooperação com a China Mobile ajudará a atingir o objetivo do Google de tornar a informação disponível a qualquer momento e em qualquer lugar”, disse Lee Kai-fu, vice-presidente da empresa, na apresentação do acordo, em Pequim.

A China Mobile, desesperada para encontrar novas fontes de renda após os cortes em suas tarifas nos últimos anos, espera que as buscas na internet através de telefones celulares possam engordar suas contas. Em novembro, a Microsoft e a China Telecom assinaram um acordo semelhante. O Baidu também negociou com os fabricantes de celular Nokia e Haier a instalação do seu motor de busca em vários modelos projetados para os usuários chineses.

O Google já tinha negociado acordos parecidos com a Vodafone, na Europa, a KDDI no Japão, a Bharti, na Índia, e a Sprint, nos Estados Unidos. Os analistas prevêem um futuro lucrativo para o negócio devido ao alto número de usuários de celulares na China. São 462 milhões, muito mais que os internautas, os quais contabilizam 130 milhões.

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