Vendas pela web exigem planejamento

30/08/2005

Comprar produtos pela internet está se tornando um hábito dos brasileiros. O comércio eletrônico no país não pára de crescer e a expectativa para este ano é de um faturamento de R$ 2,3 bilhões. Pedro Luiz Roccato, diretor da Direct Channel, empresa que oferece soluções para o varejo, alerta que o e-commerce nem sempre é sinônimo de sucesso em vendas. Há exemplos de empresas que fracassaram e encerraram suas atividades.

‘Isso acontece quando não há uma mínima noção de toda a complexidade de uma operação de venda direta, atendimento pré e pós-venda, processos para acatar cancelamentos de vendas, fraudes, logística etc. A falta de planejamento efetivo de uma operação de comércio eletrônico leva inúmeras operações ao fracasso’, alerta Roccato.

Mesmo com problemas pontuais, mais graves em empresas principiantes, de modo geral o consumidor está se sentindo cada vez mais seguro para adquirir, via internet, produtos que antes só adquiria em pontos de venda convencionais. ‘Esse sentimento, aliado ao conforto e à praticidade, tem contribuído muito para o crescimento do e-commerce.’

No entanto, Roccato sugere ao consumidor que pesquise, antes de efetuar a sua compra, se a empresa, por exemplo, costuma cumprir o prazo de entrega prometido, se realmente garante a privacidade dos dados pessoais que são fornecidos e até se o SAC (Serviço de Atendimento ao Cliente) presta bom atendimento.

Segundo dados da e-Bit, empresa de pesquisas de comércio eletrônico, o faturamento no primeiro semestre deste ano foi de R$ 974 milhões, um crescimento de 30,7%, na comparação com o mesmo período do ano passado. ‘Para alguns varejistas, as vendas por meio da web chegam a atingir 30% do volume total, ficando 70% com os pontos de vendas convencionais. Com a popularização da internet, há muito espaço para crescer’, conclui Roccato.