A nova internet: da massa para as massas


29/06/2005

Quando Caterina Fake chega a um aeroporto após um vôo, ela tira uma foto da esteira de bagagens para garantir à sua mãe, que confere a foto em uma página na internet minutos depois, que ela viajou com segurança.

E se cada foto conta uma história, esse pode ser apenas o começo. No Flickr, um serviço de compartilhamento de fotos na internet onde Caterina, uma co-fundadora, postou a foto, ela pode se tornar parte de um banco de dados de imagens que podem ser procuradas por certas características.

O Flickr é apenas um exemplo de uma crescente série de serviços on-line para explorar o poder da internet em unir as pessoas. De serviços de compartilhamento de fotos e calendários a sites de “cidadãos-jornalistas” e imagens de satélite, a internet está se reinventando novamente.

Baratos de criar e com alcance mundial, os novos serviços de internet têm um impacto bem além das violações de direitos autorais usando softwares de compartilhamento, em questão em uma recente decisão da Suprema Corte.

A abundância de conteúdo gerado pelo usuário remodela o debate sobre o compartilhamento de arquivos. Executivos da internet acham que ele impõe um novo tipo de ameaça: não a pirataria, mas uma alternativa atraente.

Os novos serviços oferecem um processo criativo que está alterando o fluxo de informação dos tradicionais modelos de divulgação ou publicação, dando surgimento a uma nova onda de empreendimentos e provocando uma confusão para as companhias de mídia e tecnologia.

Em sua corrida para acompanhar o Google, o líder no segmento de busca, a Yahoo está usando este recurso de compartilhamento: a sabedoria de amigos e parceiros de negócios. Na terça-feira, a Yahoo apresentou o My Web 2.0, uma nova versão da ferramenta de busca da companhia que vai usar o poder coletivo de pequenos grupos de usuários da internet para melhorar a qualidade dos resultados de busca.

A Yahoo não é a única empresa buscando formas de tirar vantagem do conteúdo digital criado pelos cidadãos comuns. Este mês, a Microsoft disse que acrescentaria um dispositivo conhecido como RSS a seu software em um esforço para aproveitar o material criado por seus usuários. A Apple Computer passou a oferecer um dispositivo similar na nova versão de seu sistema operacional Macintosh no começo deste ano.

Muitos especialistas acham que a nova fase da internet vai transferir o poder de antigas companhias de mídia e software e criará uma era de “avanço” computadorizado misturando as habilidades de dezenas de milhares de indivíduos.

John Markoff – The New York Times

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