Projetos de supply chain saem da gaveta


09/08/2003

A interligação da cadeia de valor parece estar no topo das prioridades de grandes empresas dos mais diversos segmentos. Restrições orçamentárias à parte, muitas corporações concluíram que desenvolver portais para se unir eletronicamente com parceiros comerciais é um investimento com excelente potencial de retorno.

Foi essa percepção que levou a General Motors (GM) do Brasil a investir no projeto batizado de “Direct Shipment”. Trata-se de um portal que une a montadora com sua rede de 450 concessionárias espalhadas pelo Brasil e com fornecedores de itens específicos de difícil armazenagem. O projeto surgiu da necessidade que a fabricante tinha de enviar esses itens para as suas concessionárias, que estão continuamente requisitando peça e acessórios.

“O Direct Shipment permite receber os pedidos das revendas e encaminhar a requisição direto para os fornecedores, tudo eletronicamente”, afirma Hélio Silva, gerente de sistemas da GM. Dessa forma, a montadora centraliza e controla as compras como “um almoxarifado virtual”, nas palavras de Silva. O projeto é importante porque os acessórios sofrem muita concorrência e as concessionárias reclamavam que a GM não dava margem para elas competirem nesse mercado.

O sistema gera economia por eliminar burocracia e reduzir os custos de inventário. A GM estima uma redução de US$ 1 milhão ao ano somente com estoque. “É um projeto inteiramente justificado. O retorno sobre o que foi investido deve ocorrer em menos de um ano.”

O sistema é dividido em duas formas de atuação. No Direct Shipment Comitioned, a GM faz o pedido, mas a nota sai do fornecedor direto para o concessionário e a fabricante recebe uma comissão do fornecedor pelo serviço. No Direct Shipment Order, o fornecedor fatura a GM, que refatura a concessionária com uma margem extra para cobrar pelo serviço. (segue)

Ricardo Cesar

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