Esquenta a briga pelo internauta


15/01/2006

Até pouco tempo a velocidade de conexão à internet em banda larga banda larga mais comum era a de 300 kbps. Ter uma conexão de 600 kbps era para poucos que, ou precisavam de mais velocidade ou que podiam investir em uma solução melhor. Estamos falando de tecnologias de conexão de alta velocidade que chegam à, no máximo, 20% da população online. A maior parte dos usuários de internet no Brasil ainda utiliza conexões discadas.

Já falamos em outros artigos que a popularização das conexões de banda larga vai representar um importante marco para o boom definitivo da internet brasileira como a principal ferramenta de comunicação, negócios, educação e publicidade de todos os tempos. Diariamente ficamos sabendo de novidades que ampliam as possibilidades e os benefícios da utilização da internet. E cada vez mais e mais pessoas passam a integrar grupos que crescem em ritmo alucinante em todas direções: negócios eletrônicos, comunidades interativas, grupos de discussão, educação e pesquisa, marketing, informação e lazer. Para quem não tem ainda acesso a conexões de banda larga, fica a imaginação de como seria ler jornais, publicar fotos, participar de jogos online, fazer compras, preparar um trabalho para a faculdade e também namorar com muito mais velocidade e facilidade. Ou mesmo para quem tem uma banda larga mais "humilde" porque, afinal, ter 150 kbps de conexão já não significa muita agilidade na hora de realizar determinados tipos de ações na web.

Toda essa revolução projetada para um futuro próximo é amparada em notícias sobre pesquisas que são desenvolvidas e que buscam novas e melhores formas de conexão como wi-fi ou através da a rede elétrica, como exemplos. Mas essas novas tecnologias assim como mais velocidade só está disponível para grandes empresas, instituições governamentais e de ensino ou pessoas de grande poder aquisitivo.

Não mais.

De repente passamos a ver, a todo momento, as empresas de telefonia e TV a cabo iniciarem uma guerra no mundo das conexões de banda larga. Uma guerra para oferecer a melhor conexão, Uma guerra pelo usuário, pelo cliente. E essa luta passa a escancarar possibilidades reais que na verdade já estavam disponíveis mas que não eram disponibilizadas ainda. Estou falando de conexões de "hiper" banda larga com velocidades de 2, 4 e até 8 Mbps ao alcance do usuário comum. Estou falando de conexão sem fio no seu apartamento. E tudo por preços acessíveis. Vejam que hoje uma conexão de 600 kbps tem um custo aproximado de R$ 60,00 mensais. Agora por R$ 79,90 poderemos navegar com velocidade de 2 mbps.

O futuro chegou de repente.
E de repente passamos a vislumbrar fronteiras inexploradas na rede bem ao nosso alcance. Com conexões como essas, apenas um computador na sua casa vai atender as suas necessidades de trabalho, mas também de estudo e lazer de toda família. Porque tudo poderá ser feito com muito mais velocidade e sem "sofrimento" para quem quer abrir um site ou um jogo em flash, para enviar arquivos anexos em uma mensagem, para baixar programas, filmes e músicas, publicar fotos ou ver o capítulo da novela que perdeu ontem.

"Aqui, a banda larga é cara e lenta", dizia uma matéria publicada pelo Estado de São Paulo em setembro. De lá para cá, o mercado de internet rápida esquentou bastante e o panorama começa a mudar, principalmente pela briga entre as empresas de telefonia e a NET.

Que bom, que ótimo. Essa é uma guerra saudável onde todos são beneficiados e saem com mais vida. Quer dizer, alguns vão ter que perder. Certamente uma empresa vai perder clientes para outra. Mas nós, consumidores, vamos ganhar.

Mas tem algo que me intriga ainda e vou deixar uma questão no ar para você me ajudar a buscar a resposta: Por que todas essas novas alternativas de super conexão apareceram tão de repente e com custos tão mais acessíveis? Não existia nada pareparecido antes?

 

Ricardo Prates Morais é editor da emarket News e consultor da emarket (www.emarket.ppg.br), agência de marketing e publicidade online.

Please rate this

0 respostas

Deixe uma resposta

Want to join the discussion?
Feel free to contribute!

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.