WiFi: o mapa da mina dos hotspots

19/08/2006

Os notebooks atuais já saem da fábrica falando a língua do Wi- Fi. Muitos PDAs e telefones top de linha também. E repare bem aquele “celular” na mesa ao lado pode muito bem ser um telefone VoIP conectado às ondas sem fio…

É isso aí: também aqui o Wireless Fidelity está tomando conta dos points mais freqüentados pelos profissionais em movimento. Não por acaso, os primeiros hotspots (pontos de acesso público) brasileiros foram instalados em aeroportos, hotéis e cafés. É só chegar com o notebook e entrar na web com boa velocidade (11 Mbps ou 54 Mbps, dependendo do protocolo e do equipamento) e baixo índice de complicação. Mas é apenas o começo. Aos poucos, a cobertura se expande para estádios de futebol, museus, lanchonetes, faculdades e centros de convenções. “Aos poucos”, note bem. Os hotspots no Brasil já passam de 3 000, mas o país ainda é um grande sertão inexplorado – e, logo, uma enorme oportunidade para as empresas com bons serviços e preços baixos. Quem já está no jogo?

As grandes teles atuam no provimento de acesso WiFi em hotspots, oferecendo planos personalizados. Na maioria dos casos, o poder por trás das marcas das operadoras atende por três letrinhas: Vex.

Presente em 18 Estados e no DF como “atacadista”, os hotspots instalados pela Vex (cerca de 650) fornecem conexões wireless a assinantes da Claro, Brasil Telecom, Oi e CT BC, além de usuários de outros provedores. Ah, sim: no caso do WiFi, as telefônicas não estão limitadas às suas áreas de cobertura tradicionais (por exemplo, um cliente wireless da Oi pode usar um hotspot em Mato Grosso, onde a empresa não tem cobertura), o que torna feroz a concorrência. No entanto, o processo de autenticação é sempre o mesmo – independentemente do provedor, você sempre se conecta à rede da Vex. Descontando os planos corporativos, eis o que o usuário encontra:

Ajato – Para assinantes TVA ou Ajato (fixo), o acesso WiFi custa R$ 48 por mês ou R$ 528 por ano, sem limites. Não-assinantes pagam R$ 54 e R$ 594, respectivamente.

Brasil Telecom – O BrTurbo Asas tem o elenco de planos mais flexível – e mais complexo. A assinatura mensal ilimitada sai por R$ 64,90 (a partir de R$ 34 para assinantes BrTurbo, dependendo do plano de conexão fixa). O plano Asas Flex cobra uma franquia mensal de R$ 15 (R$ 6 para assinantes BrTurbo), incluída uma diária, e R$ 9,90 por diária adicional. Planos eventuais custam R$ 9,90 (um dia) e R$ 29,90 (5 dias).

Claro – O Claro WiFi tem o mesmo pacote mensal de acesso ilimitado por dois preços – R$ 60 para clientes novos e R$ 45 para quem já tiver um plano GPRS/EDGE. Um pequeno complicador: quando chegar ao hotspot, é preciso enviar um torpedo via celular (Claro, é claro!) para solicitar uma senha.

CTBC – O NetSuper WiFi, em promoção de lançamento, oferece um mês de acesso wireless por R$ 59,90 (o preço normal é R$ 69,90). Mas é o único plano da CT BC.

Oi – O Oi WiFi só tem planos pré-pagos. Os créditos, com validade de três meses, são oferecidos em quatro “tamanhos”: uma hora de conexão (R$ 10), duas horas (R$ 15), 10 horas (R$ 49,90) e 24 horas corridas contadas a partir do momento da compra (R$ 25). Os cartões virtuais podem ser comprados no site da Oi.

Terra – O acesso ao Terra WiFi é limitado aos assinantes Terra Banda Larga que tenham feito o upgrade na conta. A mensalidade, normalmente de R$ 49,90, cai para R$ 39,90 nos três primeiros meses (com suporte telefônico o preço promocional sobe para R$ 44,90).

UAI – Para usar o Uaifi os usuários pagam R$ 0,40 por minuto. Quer um plano ilimitado? São R$ 39,90 por mês nos primeiros três meses; depois desse período a mensalidade sobe para R$ 48,90 sem suporte e R$ 53,90 (com).

Como exceção ao domínio da Vex, o Speedy WiFi é a aposta da Telefonica em uma rede independente de hotspots. A vantagem é a cobertura fortíssima no Estado de São Paulo, especialmente na capital, onde está presente até nos locais mais improváveis. Desvantagem: pouco aparece em outros Estados, além dos aeroportos do Rio, Brasília e Curitiba. Todos os planos são pré-pagos, custando R$ 9,90 (90 minutos), R$ 19,90 (24 horas corridas) e R$ 44,90 (30 horas distribuídas por 30 dias) enquanto durar a promoção de tarifas.

Tal como na rede de hotspots da Vex, o máximo que o Speedy WiFi garante de compatibilidade é com o padrão 802.11b, de até 11 Mbps – a velocidade real depende da quantidade de usuários e da situação do resto da rede. Para os 54 Mbps do padrão 802.11g, já suportados por quase todos os equipamentos de hoje, ainda não há previsão.

Achou um Hotspot? Siga os passos e divirta-se!

Se o seu notebook não tem WiFi embutido, não se desespere. Um bom cartão PCMCIA compatível com 802.11g sai por menos de R$ 200; se preferir um adaptador wireless para USB com especificações semelhantes, não espere gastar mais que R$ 120 (em ambos os casos, verifique se os drivers funcionam em seu sistema operacional). Em uma configuração típica com Windows XP, ele detectará a presença do adaptador e solicitará os drivers. O wireless será adicionado à lista de conexões de rede (confira o Painel de Controle).

Uma conexão em um hotspot é mais fácil ainda. A única precaução vai para quem usa o notebook em uma rede com IP fixo: assegure-se de que o endereço IP e os servidores DNS sejam obtidos automaticamente. Ative o acesso ao WiFi. Se tudo der certo, um ícone na bandeja do sistema avisará a presença de pelo menos uma rede nas proximidades. No caso dos hotspots da Vex, independentemente do provedor, a rede será sempre identificada como “Vex”. Selecione-a.

A seguir, abra o browser. A página de autenticação da empresa será carregada primeiro. Clique em “Pré-pago” ou “Pós-pago”, de acordo com seu plano de acesso. Selecione na lista seu provedor, digite o nome de usuário e senha. Daí em diante, é só deitar e rolar. Mas lembre-se: as conexões em hotspots não são criptografadas, o que permite a ação de curiosos e invasores – mantenha seu firewall atualizado.

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