Fazer site para quê?

20/02/2005

Houve um tempo que quem não tinha telefone era carta fora do baralho. Depois, quem não tivesse computador não estava com nada. Se nunca entrou na Internet então, piorou! Hoje, a empresa que não tem um site pode estar perdendo uma grande chance de crescer. Os sites de Internet são uma nova forma de ampliar o campo de atividade da empresa e conseqüentemente sua lucratividade. Mas pagar para fazer um site e deixá-lo largado no provedor, não basta. É preciso criar a cultura de que o site é uma parte da empresa e como tal deve ser mantido, administrado e alimentado.

“Na verdade de que adianta investir em uma coisa que não se tem certeza do retorno? Eu vou fazer um site pra quê?” Essa é a maior dúvida de grande parte dos empresários quanto a este tipo de serviço. Pensando assim eles preferem, na maioria das vezes, contratar “o primo do amigo que acabou de fazer um cursinho de webdesign por correspondência”. Pelo fato de que “se não der certo vou ter pago muito barato mesmo!”. De qualquer forma um site mal feito é um prejuízo não importa quanto se pagou para fazer. As empresas que investem na confecção de um site mas não fazem uso correto dele fatalmente terão uma ferramenta ineficaz, podem correr o risco de estar divulgando informações equivocadas sobre seu negócio e ainda prejudicar a imagem de sua marca. Fazer um site só para falar que tem, e dizer que está na moda, não resolve nada!

A Internet está crescendo cada vez mais, isto é um fato. E fica difícil encontrar o que precisamos se não houver um mínimo de esforço por parte das empresas de se posicionarem corretamente nesta mídia. Este tipo de posicionamento e até a criação do site, para que seja efetivamente lucrativo, não é mais trabalho para amadores. É preciso contratar uma empresa séria, com profissionais experientes e muito bem qualificados, para que o investimento não vá para o ralo.

Dentre as várias tecnologias existentes e a vasta gama de possibilidades visuais que a Internet oferece atualmente, é preciso criar um site condizente com cada tipo de negócio. Por exemplo: ao se tratar de um escritório de advocacia que pretende colocar seus processos para os clientes consultarem, não há porque fazer um site com muita animação, cores berrantes, som, páginas elaboradas de entrada e carregamento lento, o objetivo de um sistema como esse é facilitar a consulta de processos importantes, por isso deve passar o máximo de credibilidade e ser protegido por senhas individuais, criadas pelo próprio usuário final. Por outro lado, uma empresa de moda deve divulgar as cores da estação e priorizar o padrão visual da marca (fazendo uso de animações, criação de mascotes e/ou trilhas sonoras) sempre considerando seu estilo, o público que pretende atingir e, acima de tudo, ter coerência entre o material visual da loja (decoração, embalagens, sacolas, folders) e o próprio site. Sites de profissionais que desejam compor uma biblioteca virtual, com artigos ou material para download só são viáveis se houver coerência na organização dos textos por: temas, assuntos, autores e/ou data de publicação. Em todos os casos o objetivo deve ser sempre o de facilitar a vida do usuário final, possibilitando várias formas de chegar ao que deseja, com o menor número de clicks possível.

O site deve ser encarado como um braço da empresa lançado para o mundo virtual. Antes de se aventurar neste novo mundo a empresa deve ter uma estrutura interna para suportar a demanda gerada. Computador, conexão de Internet e uma pessoa que se responsabilize por administrar o sistema, mas que não necessariamente tenha que ficar por conta deste trabalho, são itens essenciais. O mais importante é ter a cultura de gerar atualizações e novidades para o os visitantes sempre sentirem a necessidade de voltar ao site. Não basta criar um site com um conteúdo qualquer, apenas contando sua história e achar que isso vai despertar o interesse do mercado. Deve haver também a preocupação com a divulgação do seu endereço entre os clientes e o público em geral, senão ninguém vai saber que você e seus negócios já estão na Internet.

Outro exemplo igualmente válido são os casos em que haverá vendas on-line, o que configura o sistema de e-commerce, quem entra em uma loja para comprar não pode e não vai perder tempo com animações desnecessárias. Se sua empresa vende algum produto o mesmo produto deve estar à venda no site, podendo ser efetivada a compra via pagamento on-line (através de: boleto, cartão de crédito, transferência bancária) ou ainda sob pedido para receber na entrega da mercadoria. Todas as formas são válidas para melhorar o seu negócio. A escolha de uma em detrimento da outra vai depender do quanto você poderá investir no desenvolvimento do seu site.

Mas, acima de tudo, a melhor maneira de saber o que cabe ao seu caso é solicitar uma visita de empresas especializadas em Internet. Somente profissionais poderão lhe dar a garantia de que seu empreendimento terá sucesso, e quanto sucesso ele terá. Mas de antemão saiba que: se passam 1000 pessoas por mês em sua loja, no seu sistema de e-commerce poderão passar no mínimo 8000. Com o desenvolvimento de um site de forma correta e com a prática da estratégia de marketing específica para cada caso é possível tornar sua loja virtual muito mais lucrativa do que sua loja física. Há casos de grandes empresas que estão se sustentando mais às custas da loja virtual. E ainda há aquelas que deixaram o ambiente real, reduziram suas estruturas físicas e passaram a operar somente via Web.

Sendo assim, fazer um site serve para tudo hoje em dia. Pode-se controlar a empresa à distância, gerir a contratação de novos colaboradores, vender produtos, receber ofertas de fornecedores, reduzir despesas operacionais, divulgar e aprimorar a imagem de sua marca, montar um patrimônio intelectual valioso e passível de revenda (no caso de listas de cadastros de clientes), além de muitas outras possibilidades inexploradas. Enfim, conforme seu ramo de atividade é possível criar uma solução altamente eficiente e inovadora. Sua empresa poderá atuar na Internet de maneira específica e personalizada, configurada em um site, que além de aumentar a visibilidade de seu negócio poderá atrair mais valor aos seus produtos e serviços.
Cristina Jacó é graduada em Designer Gráfico com especialização em Webdesign pela Macromedia, Pós-graduação em Gestão empresarial e Marketing pela FGV.

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