Varejo virtual cresce com maior acesso à Internet


11/05/2006

O crescimento na venda de microcomputadores e a expansão da banda larga abrem caminho para um futuro promissor do comércio eletrônico no País. “A compra não é a primeira coisa que o internauta faz”, explicou Flávio Jansen, diretor-presidente do Submarino. “O aumento da base de computadores se reflete mais a médio prazo nas vendas pela internet.”

Ele citou um estudo da Forrester, empresa de pesquisas do setor de tecnologia, que prevê, até 2010, um crescimento de mais de 30% ao ano no varejo online no Brasil.

Segundo a Fundação Getúlio Vargas (FGV), foram vendidos 6,2 milhões de PCs no País no ano passado, 24% acima do registrado em 2004. Para este ano, a previsão de aumento das vendas é de 15%. Os principais motivos são a chamada MP do Bem, que reduziu os impostos sobre o microcomputador no varejo, a redução do dólar e a melhora nas condições de financiamento.

Já o total de conexões de internet rápida aumentou de 2,280 milhões em 2004 para 3,796 milhões no ano seguinte, segundo o site Teleco. As operadoras vêem a banda larga como a principal ferramenta para aumentar receita.

O potencial da internet atrai os jogadores tradicionais do varejo brasileiro para a rede. As Casas Pernambucanas, por exemplo, planejam inaugurar em junho seu site de vendas. Além dos produtos tradicionais das lojas físicas, a empresa pretende incluir eletrônicos mais sofisticados.

Em novembro e dezembro do ano passado, as Casas Bahia também experimentaram pela primeira vez o comércio eletrônico, numa iniciativa com o Shopfácil, do Bradesco. Para quem já está na internet, a loja virtual costuma ser maior do que qualquer loja física.

Semana passada, o Submarino divulgou seu resultado do primeiro trimestre. A receita bruta avançou 56%, para R$ 154,7 milhões. A empresa saiu de um prejuízo R$ 3,71 milhões entre janeiro e março de 2005 para um lucro de R$ 5,132 milhões. “Os valores ainda não incluem viagens e ingressos”, explicou Jansen.

Em novembro de 2005, o Submarino comprou a agência online de viagens Travelweb, por R$ 2,2 milhões. A empresa também adquiriu em 2005 o site Ingresso.com, pela quantia de R$ 8,3 milhões.

O crescimento forte, as aquisições e as ofertas iniciais de ações mostram que a crise da internet ficou definitivamente para atrás – ou até o estouro da próxima bolha, pelo menos. Mês passado fez seis anos que as ações de tecnologia começaram a despencar na bolsa eletrônica americana Nasdaq. Desde então, a situação melhorou muito e vive-se um novo momento de euforia, aqui e lá fora. (segue)

Agência Estado

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