Varejo online atotaliza R$ 622,3 mi em setembro no Brasil


12/11/2004

A Camara-e (Câmara Brasileira de Comércio Eletrônico) e a E-Consulting® Corp., Boutique de Conhecimento líder na criação, desenvolvimento e implementação de estratégias competitivas e serviços para grandes corporações, anunciam o índice de varejo online (VOL® ) registrado no mercado brasileiro em Setembro deste ano.

O VOL® , que representa a soma dos volumes de transações de automóveis, turismo e bens de consumo (lojas virtuais e leilões para pessoa física), atingiu, em Setembro de 2004, R$ 622,3 milhões – valor 40,6% maior do que o movimentado em Setembro do ano passado e correspondente a 3,4% do varejo total no país (dados estimados a partir do índice-base do IBGE).

Em Setembro último, o VOL-Automóveis totalizou R$ 362,4 milhões – aumento de 30% em relação ao mesmo período de 2003. As montadoras e revendedoras de veículos foram responsáveis por 58% do total do VOL®.

O VOL-Turismo e o VOL-Bens de Consumo (VOL-Sem Autos) movimentaram em Setembro, respectivamente, R$ 80,5 milhões e R$ 179,7 milhões. O VOL-Turismo foi responsável por 13% do total do VOL®, ao passo que o VOL-Bens de Consumo por 29%. O VOL-Sem Autos cresceu 115% em relação a Setembro do ano passado.

O setor de turismo apresentou uma pequena queda, aproximadamente de 5%, mas tudo dentro do previsto para essa época do ano.

O VOL® é um indicador da Camara-e.net, criado em parceria com o SRC® (Strategy Research Center – Centro de Pesquisas em Estratégia) da E-Consulting® Corp., que utiliza em seu racional de cálculo o faturamento dos principais representantes do comércio eletrônico nacional.

“Temos observado o crescimento da participação de pequenas empresas no varejo on-line, que deve chegar a 10% do mercado no próximo Natal”, analisa Cid Torquato, diretor executivo da Câmara Brasileira de Comércio Eletrônico.

É sabido que o comércio eletrônico no Brasil não teve, nos últimos 4 anos, o crescimento previsto inicialmente pelos mais otimistas. Isso se deu devido a razões como: o baixo número de usuários de Internet (taxa de adesão lenta, hoje na faixa de 24 milhões), o reduzido número de consumidores online (hoje em torno de 4 milhões – reflexo do baixo poder aquisitivo do brasileiro), a dificuldade de acesso a crédito ao consumidor, a desconfiança de boa parte dos usuários com relação à segurança do processo e dos meios de pagamento online, as dificuldades operacionais e de atendimento das lojas no começo de suas operações e o nefasto efeito da crise pontocom sobre a aura digital, dentre outras.

Porém, mesmo com todos esses fatores como obstáculo, o comércio eletrônico no Brasil vem mantendo uma linha de crescimento contínuo e sólido, para surpresa de muitos. “Se formos analisar seu desempenho, mês a mês, certamente encontraremos sazonalidades e oscilações, com quedas em alguns meses (fundamentalmente por conta do impacto de automóveis no todo, que representa, em média, 58%). Mas, ao contrário, se analisarmos o período dos últimos 12 meses, veremos que o Comércio Eletrônico no Brasil apresentou um crescimento da ordem de 40,6%, muito acima da grande maioria das atividades econômicas e modalidades de varejo no país.”, aponta Daniel Domeneghetti, Diretor de Estratégia e Conhecimento da E-Consulting Corp e VP de Métricas e Conhecimento da Camara-e.net. (segue)

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