Varejo on-line movimenta R$ 350 milhões no trimestre

21/04/2004

Tradicionalmente mais fracas no início do ano, as vendas do comércio eletrônico não seguiram o padrão desta vez, surpreendendo os analistas com um crescimento acima do esperado. Entre janeiro e março, as lojas on-line movimentaram R$ 350 milhões, um resultado 46% superior ao do ano passado. O número de pedidos aumentou 34%. Pelos dois critérios, a e-bit, empresa de pesquisa e marketing responsável pelos dados, esperava inicialmente um crescimento de 30%.

O desempenho inesperado se deve a dois fatores, diz Pedro Guasti, diretor geral da e-bit. O primeiro, de caráter quantitativo, é o aumento do número de pessoas que compram na internet, o que ajudou a elevar o volume de pedidos. Entre dezembro e março, o número de consumidores aumentou de 2,5 milhões para 2,6 milhões de pessoas. Em março do ano passado, eles eram 1,960 milhão. O critério leva em consideração usuários que já compraram pelo menos uma vez na internet, desde janeiro de 2000, quando a e-bit começou a fazer a pesquisa.

A mudança mais significativa, porém, é qualitativa. Depois de passar anos comprando principalmente produtos baratos, como livros e CDs, o usuário de internet parece ter ganhado confiança suficiente para passar a adquirir itens com preços mais altos.

CDs e filmes em DVD continuam na primeira posição da lista dos mais vendidos, mas sua participação foi reduzida de 32% para 26% das vendas. A fatia de livros e revistas também caiu, passando de 26% para 24%.

Em compensação, itens sofisticados, como bens de informática, aumentaram sua participação de 4,7% para 6%, enquanto telefonia, em especial celulares, saltou de 1,7% para 3%. Saúde e beleza também foi uma categoria disputada, avançando de 3,3% para 7,2%. A pesquisa não inclui a venda de veículos e passagens aéreas, nem os sites de leilão.

A prova do interesse por itens mais caros é a mudança no valor médio das compras. No primeiro trimestre do ano passado, o tíquete médio na web era de R$ 259. Neste ano, chegou a R$ 294, com crescimento nominal de 12%. (segue)

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