Vamos quebrar as pedras…

Uma opinião para ajudar a entender o problema apresentado pelo Ricardo Morais em seu ultimo artigo “Qual o problema do empresário brasileiro em relação à internet?”Atendendo seu pedido no referido artigo, arriscarei uma opinião a respeito desta problemática, e não uma resposta pronta. Opinião baseada em experiência de campo, isto é, de visita a micros e pequenos empresários do comércio em São José dos Campos – SP, trabalho que fez parte de um projeto-piloto que elaborei e executei de jan a abr de 2001, para um grande site de leilão virtual com a sede brasileira na cidade de São Paulo, que tinha o objetivo de apresentar o leilão virtual como uma “nova ferramenta de negocio” e “canal complementar de venda” para estes… Em minhas visitas aos lojistas constatei que a aceitação da idéia era praticamente 100%, porém a adesão era quase zero. Por que? Eis os motivos, ou melhor, as respostas dadas por eles: ·Não entendo de internet; Ainda não tenho computador; Tenho computador, mas não sei usar; Tenho computador, mas não tenho tempo; Minha percepção é a seguinte: o problema não é do empresário e nem da internet, pois, o primeiro não nasceu sabendo, principalmente sobre as aplicações e os benefícios que as tecnologias da informação voltada para o comércio eletrônico, via web, pode lhe proporcionar para o seu negócio, somado a isto, tem o cultural como bem mencionou o Ricardo Morais em seu artigo. A segunda, digo, a internet, é o que já sabemos, é apenas o meio, a estrutura, o canal… dinâmica e interativa por natureza, que todo dia tem novidades de uso nas empresas. O problema em si, acredito que seja o de comunicação, isto é, está em catequizar estes micros e pequenos empresários da importância da Rede para os seus negócios. Mas quem deve fazer isto? As mais interessadas, isto é, as empresas fornecedoras de software, as Associações Comerciais, Sindicatos de Comércio Varejistas e Provedores de acessos de cada cidade, entidades do setor ligadas a eles. Sabemos que existem iniciativas neste sentido por parte do governo federal, Sebrae, e outros, porém, ainda são muito insipiente para realmente levar no micro e pequeno empresário o interesse em participar do comércio eletrônico. Um exemplo prático: durante a execução deste projeto-piloto que mencionei acima, organizei uma palestra dirigida a estes empresários, no Senac de minha cidade, esta que foi apresentada pela gerente de marketing da empresa de leilão virtual, e que teve no final da palestra a distribuição de um material impresso, bem didático, para os participantes levarem para casa e se informarem com mais atenção.Finalizando, de um lado, os micros e pequenos empresários devem se conscientizar da real necessidade de adotarem as novas tecnologias da informação para incrementarem seus negócios, até por questão de sobrevivência em alguns segmentos, onde com certeza já tem concorrentes de outras praças (cidades) vendendo para uma parcela de seus clientes. E do outro lado, estão todos aqueles citados acima, por serem conhecedores do assunto, devem incentivar e facilitar de todas as maneiras possíveis, para que os primeiros participem do comércio eletrônico, e assim, criarem uma massa critica tanto de vendedores como de compradores, para que todos ganhem. Celso Carpinetti – carpinetbol.com.br Estudante do 4o ano de Publicidade e Propaganda na Univap em São José dos Campos – SP

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