Tecnologia móvel prolifera no país e estimula vendas de notebooks


08/04/2005

A maior parte dos brasileiros, inclusive os moradores de metrópoles como São Paulo e Rio de Janeiro, nunca operou um computador na vida, mal compreende o que é internet e não tem a mínima idéia do que seja um hot spot. Enquanto isso, os pouco mais de 23 mil habitantes da pequena Piraí, no Vale do Paraíba, a 100 quilômetros do Rio de Janeiro, são íntimos usuários da rede mundial – que acessam inclusive a partir de computadores baseados em quiosques ao ar livre.

A imprevisível popularização da internet em Piraí deve-se em grande parte à tecnologia wireless wi-fi, que possibilita conexões em banda larga por meio de ondas de rádio. Em Piraí, essas ondas são emitidas sobretudo de bases plantadas no alto de algumas das montanhas que a cercam e captadas por antenas do tamanho de maços de cigarros instaladas em vários pontos de seu território. Num raio de até 300 metros dessas antenas, é possível acessar a internet, sem necessidade de tomadas e cabos – desde que a máquina esteja equipada com plataforma wi-fi.

Em todo o país, estima-se, existem entre 800 e 3 mil pontos dotados de antenas wi-fi para acesso público à web – os chamados hot spots públicos. A rede invisível alastra-se rapidamente. Para Ronaldo Miranda, diretor de marketing e vendas na América Latina do maior fabricante de processadores do mundo, a Intel, o número de hot spots no Brasil aumentará em mais de 50% ao ano nos próximos anos.

Hoje, todos os aeroportos brasileiros disponibilizam o acesso sem fio à internet, assim como hotéis, cafés, alguns shopping centers, universidades e até clubes e academias de ginástica. A Rua Amauri, no Itaim, zona sul da capital paulista, onde se concentra a maior parte dos hot spots, é toda coberta por ondas de acesso à web, graças às antenas posicionadas em restaurantes. (segue)

CÉLIA DEMARCHI

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