Symantec enfrenta 500 milhões de ameaças de hackers por dia
07/11/2004
A sala de guerra da Symantec tem 76 painéis – o maior deles com 2,5 metros de altura e mostra uma projeção digital do globo terrestre com os nomes dos países em vermelho – que atualizam as informações a cada cinco minutos ou menos. Toda essa estrutura serve a um propósito: resguardar as operações de internet e tecnologia dos 500 clientes mundiais da companhia. Desse grupo fazem parte corporações transnacionais com presença em vários países e que não se incomodam em desembolsar centenas de milhares de dólares pelos serviços. Médias companhias também têm acesso aos recursos e pagam entre US$ 1 mil e US$ 2 mil mensais pelo sistema de segurança da Symantec.
Por dia, os computadores da Symantec analisam 500 milhões de alertas sobre possíveis ataques ou vírus. Muitos são falsos, mas a empresa precisa cuidar de cada um porque qualquer desvio pode causar um prejuízo de milhões de dólares para o cliente.
A última grande ameaça digital, o vírus Sasser, que entrou na rede em maio, danificou milhares de computadores, incluindo máquinas do banco de investimentos Goldman Sachs, da Guarda Costeira da Inglaterra e da empresa de correios de Taiwan, e provocou danos estimados em US$ 3,5 bilhões.
O monitoramento é feito 24 horas por dia, sete dias por semana. Os equipamentos nunca são desligados e as informações da central de Washington são trocadas com outras cinco unidades da Symantec em San Antonio, na Califórnia, Tóquio, Berlim, Sydney e Londres. Na capital inglesa, os analistas trabalham em um bunker capaz de resistir a um ataque nuclear. Essa distribuição geográfica é necessária porque o primeiro a detectar um ataque de hackers se encarrega de montar uma linha de defesa para que a unidade do país seguinte produza a vacina no menor espaço de tempo. Entre a descoberta do vírus e a solução do problema tudo é uma questão de horas. Só nos primeiros seis meses do ano foram lançados 4,5 mil diferentes vírus de computador no mundo. (segue)
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