Sites de compra coletiva são a nova febre da internet

26/10/2010

De tempos em tempos surgem novas alternativas de negócios online que acabam virando "febre na internet". Primeiro foram os portais de conteúdo, depois vieram as lojas virtuais e mais recentemente as redes sociais. Agora mais um novo modelo de negócio online começa a surgir mais fortemente no Brasil e vira febre definitivamente: os sites de compra coletiva.

Quem nunca fez uma compra sem pensar muito, apenas para aproveitar um bom desconto? A mais nova modalidade de oferta de produtos e serviços pela internet, conhecida como compra coletiva ou clube de compras, é a prova de que aproveitar pechinchas é praticamente  irresistível. Ao vender por R$ 13,20 uma pizza que custa originalmente R$ 33, por exemplo, uma badalada pizzaria carioca conquistava, até as 11h da manhã, 92 consumidores.

Negócio que começou em 2008 nos Estados Unidos e está ganhando o mundo, o tipo de venda baseada no conceito de oferecer preço muito menor para ganhar no volume de compradores pegou o internauta brasileiro de jeito.

O conceito do negócio é conceder um forte desconto para gerar a compra por impulso – admite Pedro Guimarães, um dos sócios do site Imperdível, do segmento de compras coletivas.  Para o empresário, o segredo do  negócio é aliar uma marca conceituada, um serviço excelente e um preço mais que  excepcional. Pelo menos para a economista Ananda Farias, estes três fatores pesam mais do que a necessidade na hora da escolha.

O negócio se tonou famoso no Brasil com o Peixe Urbano que foi lançado em março de 2010 e vem investindo fortemente em campanhas de publicidade online. Por isso se tornou rapidamente referência no segmento e o modelo a ser copiado.

Não deu outra. Atualmente já existem no país pelo menos 13 sites em funcionamento. Isso quer dizer que em nove meses, mais 12 sites iniciaram operação. Somando-se todos estes sites e cidades, existem hoje, em média 30 ofertas diárias.

O mais recente é o site Desejomania lançado pelo grupo RBS e que começa a funcionar em São Paulo. As próximas cidades na lista são Porto Alegre, Florianópolis e Curitiba. Até o final do ano o objetivo é chegar ainda a Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Brasília, totalizando oito capitais. No Desejomania, diariamente, serão oferecidos produtos e serviços a preços promocionais, com descontos reais a partir de 50%. As ofertas serão selecionadas entre dezenas de parceiros e fornecedores para facilitar aos usuários realizar  seus mais variados desejos de consumo. 

Com esta ‘febre’ já surgiu um novo segmento de negócio, uma espécie de variação dos sites de compra coletiva. Trata-se do Zipme, um centralizador de ofertas de sites de compras coletivas e de clubes de compras do Brasil que  surgiu em início de julho, no qual é possível ver de uma só vez todas as ofertas do dia, por cidade. No primeiro mês, o site já alcançava a marca de 10 mil acessos diários.

Rapidamente, o ZipMe já estava mostrando 115 ofertas de 39 sites de 25 cidades, para cerca de 60.000 usuários que freqüentam o site diariamente. Pronto. foi o que bastou para que o Buscapé anunciasse a compra do o ZipMe.

Com o negócio, o BuscaPé, especializado em comparação de preços, passa a deter 75% da empresa, ficando o restante nas mãos dos fundadores. A união das companhias resulta na criação da marca SaveMe, site que reúne, em um único endereço, ofertas anunciadas em sites de compra coletiva e clubes de compra do país.

A ideia é fazer com que os consumidores economizem tempo e dinheiro ao buscar ofertas na web.

Para impulsionar o negócio, estão planejados investimentos de R$ 5 milhões em mídia nos próximos meses. Com isso, o BuscaPé passa a não apenas comparar preços e lojas, mas também a listar ofertas que estão hoje distribuídas em dezenas de sites de cupons.

E a verdade é que não deve parar por aí. Com o fortalecimento da economia e a popularização da internet praticamente entre todas as camadas sociais, deverão surgir outros sites de compra coletiva e também de outros segmentos. Que ótimo. Isso é um sinal do aquecimento da economia.

Mas é importante que esses novos empreendedores levem em conta um ponto muito importante. Não basta investir tudo na criação do site. Aqueles negócios que não destinarem uma boa fatia dos investimentos para campanhas de publicidade, dificilmente se tornarão lucrativos. Principalmente, com a forte concorrência, os sites menores que não empenharem esforços em ações de marketing, principalmente no meio online, estarão destinados ao insucesso.

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