Sites de busca quebram \”paradigma\” de publicidade

15/09/2006

Lançado inicialmente como uma ferramenta para ‘indexar’ livros, uma biblioteca on-line, o Google revoluciona a concepção de marketing publicitário no mundo. “Mais de 90% da nossa receita provem de links patrocinados”, revela Alexandre Hohagen, diretor geral do Google Brasil, durante sua palestra no C4 – Congresso de Cartões e Crédito ao Consumidor, em São Paulo.

Segundo Hohagen, o site se tornou um importante instrumento de medição do comportamento da sociedade. “Agora, é o consumidor que define as tendências”, diz. Pelo programa (trends.google.com) é possível descobrir, por exemplo, qual a média de busca pelos termos ‘cartão e cheque’ e, com isso, fazer uma análise do mercado. Hoje, o Google administra 600 bilhões de páginas de web.
 
Uma pesquisa realizada pela empresa mostra quanto tempo as mídias de massa levaram para atingir 50 milhões de usuários nos Estados Unidos. Os números, por si só, comprovam a importância da internet no advento da informação. O rádio, por exemplo, demorou 37 anos para atingir estes números de usuários. A televisão precisou de 15 anos para alcançar o índice e a internet levou apenas três anos.   

Como funciona o modelo de negócio Google?

É exatamente o modelo de negócio que faz do Google uma ferramenta peculiar de publicidade. O principal produto de receita da empresa são os links patrocinados, pequenos anúncios que aparecem ao lado dos resultados de buscas ou ao lado do conteúdo em sites de parceiros.

Para participar da coluna de links, o cliente compra palavras-chave que tem a ver com seu negócio. O Google ganha centavos cada vez que o usuário ‘clica’ no link do patrocinador. “Aconteceu uma mudança de paradigma na publicidade. Na internet o cliente não pensa em direcionar o seu produto para um determinado público”, comenta.

Por Cecília Della Flor