Nova tecnologia pode fazer internet virar a mesa contra o spam


13/06/2003

As catastróficas previsões de que o e-mail está fadado a morrer devido ao fluxo cada vez mais freqüente de spams na internet é que estão com os dias contados. Uma nova tecnologia, baseada em um sistema inteligente, que “aprende” com o usuário a identificar e barrar e-mails indesejados, promete acabar com a farra das mensagens que adentram as caixas postais sem pedir licença.

No Brasil, o internauta pode recorrer a pelo menos três empresas para se ver livre da enxurrada de lixo digital: as companhias especializadas em segurança Trend Micro e Symantec e a provedora Mandic, do empresário Aleksandar Mandic, que fornece acesso à web, mas elegeu o serviço de correspondência online como seu carro-chefe para voltar a atuar no mercado.

Pelo serviço da Mandic, o usuário dá cerca de cinco “aulas” ao programa de correio eletrônico, o que garante uma filtragem de 95% dos spams receptados pelo programa de e-mail. A aula é simples: basta transferir para a pasta chamada “É spam” todas as mensagens que não deseja mais receber. O serviço “nota” as características-padrão do spam e passa a enviá-lo direto para a lixeira.

Pode acontecer de o sistema capturar mensagens pessoais. Aí, o usuário a descola para a pasta “Não é spam”, e vai ensinando seu programa.

“A troca de mensagens eletrônicas é responsável por cerca de 80% do tráfego da internet em todo o mundo”, afirma Mandic, que foi buscar no Massachussets Institute of Technology (MIT) uma solução para oferecer um produto sem vender, no pacote, dor de cabeça aos clientes. O empresário pediu licença para utilizar a tecnologia e adaptou-a para o seu sistema.

Os serviços da Trend Micro e Symantec funcionam de semelhante. Todos contam com tecnologia heurística, que usa de regras e métodos para chegar à descoberta e à resolução de problemas. O produto da Symantec soma à tecnologia heurística o filtro mecânico de spams, que o usuário precisa alimentar, manualmente, com assuntos de mensagens e endereços de remetentes indesejados. O serviço mecânico ajuda, mas é menos eficaz.

“Extinguir o e-mail é difícil”, diz o engenheiro de suporte de produto da Symantec, Marco Antonio Bicca. “Há novas tecnologias surgindo que, se não resolvem completamente, amenizam a carga do spam.” De acordo com um estudo recente realizado pelo instituto Osterman Research, o spam é hoje a principal praga dos administradores e dos sistemas de e-mail, superando até mesmo os vírus. (segue)

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