A mí­dia online além do banner, onde o target estiver

15/03/2008

Por Felipe Morais

A internet é um canal de comunicação que traz inúmeras formas de entretenimento, relacionamento, comunicação, troca de experiências, dados e conteúdos. Pelo ponto de vista da publicidade, pode ela ser resumida em apenas banners ou pop-ups?

(Não deixa de ser engraçado os portais comercializando nas agências e anunciantes o formato pop-up, que não é barato por ser comprado em diárias – e por outro lado, oferecem anti-pop para os usuários. Quem vai ver a campanha?)

Há outras formas de impactar o consumidor no meio digital além dos sites; mesmo nos sites é possível impactar o consumidor com rich media, contendo vídeos, imagens, sons e interatividade.

O celular é uma das formas de impactar e conquistar o consumidor no meio digital além da internet, porém há palmtops, iPod, games, mídia de elevador, comunidades online, TV digital, marketing viral, blogs, Joost, MP3, Podcast, fóruns, rádios online, Second Life e ambientes virtuais onde o consumidor passa boa parte do seu tempo se divertindo, não pensando em nada de estressante.

Por que uma marca não pode lhe oferecer um serviço ou uma experiência agradável ao seu público nesse momento de descontração?

Novidades e novas mídias representam novas formas de atingir o consumidor. O Brasil chegou ao número de 110 milhões de celulares e poucas empresas aprenderam a trabalhar com essa mídia. E o celular tem mais uma vantagem: ele se tornou uma peça do vestuário. Tente sair de casa um dia sem seu aparelho e veja como a sua vida muda radicalmente.

São interessantes, por exemplo, as campanhas onde o consumidor compra um produto e manda por SMS o código de barras para concorrer a prêmios. Aposto que dão excelentes resultados aos anunciantes e que o envio de SMS deve quase pagar o custo da campanha, mas não deixa de ser apenas uma evolução do “envie a sua carta com 5 códigos de barra para a caixa postal xxxxx e concorra a muitos prêmios”. Mas há outras campanhas para celulares que valem a pena participar e analisar, por serem muito bem feitas e trazerem retorno excelente para os anunciantes.

O profissional de mídia online tem que pensar no comportamento do consumidor durante o dia.

Imagine uma linha de tempo que mostra o dia de um executivo: ele acorda de manhã com o despertador do celular; vai para o trabalho ouvindo músicas ou podcasts no iPod; no elevador é impactado por uma mídia digital; chega à sua mesa e abre o MSN, acessa o Orkut, descarrega fotos do celular no computador, lê artigos e notícias em sites e portais, abre seus e-mails (isso quando ele não acessa seus e-mails ou sites do celular/smartphone).

Durante o dia ele usa o celular para falar e enviar SMS; usa a internet para pesquisas nos buscadores e pode até baixar MP3 ou algum programa em Podcast para seu iPod. No final do dia, volta para casa e acessa seu computador pessoal, pois na TV não há nada de útil (alguns teóricos acreditam que o maior causador da queda de audiência da Rede Globo não são suas concorrentes, mas a TV a cabo e a web).

Enfim, hoje as pessoas estão atrás de novidades, de tecnologia. Celulares com câmera, acesso à internet, iPods, palmtops, comunidades online. O consumidor que ver e ser ouvido, quer participar e gasta dinheiro para tornar isso possível. Basta agora as empresas saberem trabalhar de forma a atingir o consumidor onde ele está.

As marcas devem ser artistas, ou seja, devem dar shows para ficar na mente e no coração do consumidor, como na voz de Milton Nascimento: “todo artista tem que ir onde o povo está”.

Felipe Morais é formado em publicidade e pós-graduado em planejamento estratégico em comunicação. Especialista em planejamento da comunicação pela ESPM e em projetos web pelo I-group. Trabalha com planejamento e mídia online e mantém um blog.

Artigo obtido no site Webinsider

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