Mercado Livre aumenta tráfego sem mudar infra-estrutura


18/05/2006

Uma tese de mestrado de Marcos Galperi foi o primeiro passo para a fundação do site de e-commerce Mercado Livre, em 1999, por meio do qual milhões de usuários hoje compram e vendem, entre si, produtos online. O empreendimento cresceu a muitos Gbps e, já em 2003, a empresa percebeu que os seus servidores haviam chegado ao limite de desempenho, relembra Rodrigo Dbenzaquen, diretor de tecnologia da companhia na América Latina. “Até então, a rede suportava 100 Mbps e necessitávamos de uma velocidade de, no mínimo, 1 Gbps”, observa.

Ao invés de seguir o caminho óbvio de contratar mais largura de banda, a empresa (que foi adquirida pelo Ebay em 2001) optou por reforçar a infra-estrutura para gerenciar o enorme tráfego e garantir a qualidade na conexão dos usuários com segurança com a solução de balanceamento de carga BIG-IP, da F5 Networks. O appliance foi adaptado para garantir prioridade aos aplicativos de maior acesso do Mercado Livre.

Dbenzaquen explica que o tráfego é comprimido por meio do “oneconnect”, uma utilidade do BIG-IP que reduz o número de conexões com o usuário e, por isso, pode diminuir em até 80% o gasto com banda, além de evitar sobrecarga nos servidores. “O sistema detecta o usuário, analisa a URL e, conforme a aplicação que ele utilizar, direciona o tráfego de dados aos servidores correspondentes”, detalha o executivo. Ele também aponta que foi possível manter a mesma infra-estrutura tecnológica para obter esses benefícios.

A primeira experiência com o sistema foi em janeiro de 2003 e o processo de adoção durou apenas um mês. De lá para cá, foram incorporados uma média de 3 BIG-IPs por ano – hoje o Mercado Livre tem em sua infra-estrutura 14 dispositivos. Segundo a empresa, foram investidos 120 mil dólares nestas soluções somente no ano passado.

2005, o sistema do Mercado Livre suportou uma média de 1 milhão de transações mensais, o que correspondeu a 608 milhões de dólares movimentados até o final do ano, comenta o diretor. Segundo a companhia, o Mercado Livre possui mais de oito milhões de usuários cadastrados no Brasil, Argentina, Chile, Colômbia, Equador, México, Peru, Uruguai e Venezuela.

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