Internet fecha o ano com novo \”miniboom\”

13/12/2006
 
Embora não chegue aos extremos do final do século XX, o ano de 2006 registrou um miniboom na área de tecnologia, entre outros, devido ao empurrão da Web 2.0, a segunda geração de serviços baseados na internet. Este foi o ano da web social, como alguns chamam o fenômeno da Web 2.0, como prova o sucesso de sites de comunicações sociais como o Orkut, o LinkedIn, o MySpace, o YouTube e o Facebook. Além desses sites, as tecnologias sociais, como os blogs e wikis, estenderam-se como pólvora.
Até as empresas já têm seus próprios blogs corporativos para promover seus produtos, enquanto a wikimania, que começou com o Wikipedia – a popular enciclopédia gratuita online – chega agora a todas as áreas com sites como o ShopWiki (guia de compras) e o Wikitravel (sobre viagens).
 
Os investidores estão de olho para colocar seus dólares em iniciativas centradas na web social, ao ponto de no Vale do Silício (Califórnia) – berço de grande parte das empresas de internet e tecnologia dos EUA – começarem a aparecer sinais que lembram o boom e posterior colapso da área ocorrido em 1999.
 
Por exemplo, repetem-se as histórias de jovens empreendedores que criam suas empresas de fundo de garagem.
 
Este é o caso do Facebook, criado por Mark Zuckerberg, um jovem de 22 anos sem nenhuma experiência anterior. Outros antecedentes desta bolha 2.0, como alguns já chamam, estão na compra do serviço de telefonia através da internet Skype pelo eBay por US$ 2,6 bilhões, ou a aquisição do MySpace pelo magnata dos meios de comunicação Rupert Murdoch.
 
O último capítulo desta tendência é os US$ 1,65 bilhão que a Google pagou pelo YouTube, companhia criada por jovens no Vale do Silício há menos de dois anos. Como aconteceu no final do século passado, o mercado está prestando mais atenção à audiência de um determinado site do que a seu lucro, uma tendência perigosa que preocupa até os que estão ganhando dinheiro com a tendência.
 
Entre eles está Michael Moritz, da firma de investimentos Sequoia Capital – promotora do YouTube, entre outros. O especialista afirmou, após a aquisição do YouTube pela Google, que há uma tremenda quantidade de dinheiro estúpido, excepcionalmente tolo, que está fluindo no Vale do Silício.
 
O crescimento aparentemente incessante do Google e seu imenso valor de mercado também são sinais deste auge.
 

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