Internautas denunciam Mercado Livre

13/07/2006
 
As compras feitas por meio da internet devem ser cercadas por muitos cuidados, principalmente quando o bem negociado é de grande valor. Um grupo de consumidores de vários Estados brasileiros vem enfrentando problemas com a empresa ItSolution, que negociava eletroeletrônicos através do site de leilões Mercado Livre. Apesar das várias reclamações feitas por internautas diretamente na página virtual, o negociante continuou em ação pelo menos até a última quarta-feira, 9.

Uma das clientes, Andréa Gomes, que efetuou a compra no dia 5 de julho e o pagamento no dia seguinte, só recebeu a câmera fotográfica no dia 2 de agosto, após realizar uma ampla negociação. Ela passou a integrar uma comunidade no Orkut de pessoas lesadas pelo responsável pelo ItSolution, Juliano Pacheco, de Curitiba, Paraná. Também foi criado um grupo no Yahoo reunindo os consumidores que compraram da empresa no Mercado Livre.

“Neste link é possível ver o histórico completo de duas negociações realizadas, os e-mails trocados e as respostas evasivas. As duas pessoas que publicaram as negociações também só receberam as mercadorias depois de tornarem seus casos públicos”, diz Andréa Gomes.

“Nas qualificações do vendedor no Mercado Livre constam os produtos já entregues, que ele replicou informando os códigos do envio”, acrescenta. A internauta diz que tem hábito de comprar no site, mas também já foi alvo de um “calote” praticado por um vendedor que lesou pelo menos 200 consumidores oferecendo um carregador de celular.

Experiência Negativa – A estudante Maria Bela de Andrade Soares ainda se arrepende de uma compra que tentou fazer por intermédio do Mercado Livre. “Em abril, comprei um Ipod por R$ 400 e nunca recebi”, revela. Após o pagamento, o vendedor sumiu e ela ficou sem o produto. Quando entrou em contato com a administração do site, Maria Bela teve a segunda surpresa – ainda mais desagradável do que a primeira. O Mercado Livre informou que não poderia interferir na negociação, já que o pagamento havia sido feito em nome de pessoa física. “Fiquei com o prejuízo”, lamenta.

A estudante credita à sorte as compras bem sucedidas. “Meu namorado já fez compras pela internet umas cinco vezes e nunca teve problemas”, revela. Mas acredita que o site Mercado Livre deveria ser mais criterioso na permissão para os vendedores. “Você pode fazer um cadastro com qualquer nome, qualquer endereço, sem nenhuma segurança”, afirma. Além disso, o vendedor tinha o nome inscrito no Serviço de Proteção ao Crédito (SPC) e continuava apto a efetuar transações no site.

Clarissa Borges

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