Empresas devem mirar o e-commerce

08/11/2010

Mais do que uma tendência, o comércio eletrônico configura-se como uma oportunidade de mercado que não deve ser desperdiçada

O comércio eletrônico (e-commerce) tornou-se tendência no Brasil, comprovada pelos números positivos de crescimento anual que chegam a 40%, percentual mantido desde 2001. A previsão é que a quantidade de usuários que compra pela internet ultrapasse 23 milhões até o final do ano.

O consultor, escritor e palestrante Dailton Felipini, que abordou o tema ”Oportunidades no comércio eletrônico” ontem no Sebrae, integrando a Semana Londrina Moda Business, desenvolvida em parceria com o Arranjo Produtivo Local de Vestuário, chama a atenção dos empreendedores, lojistas e empresários para a nova realidade do e-commerce.

O atual cenário configura, segundo ele, um momento de grandes oportunidades que não deve ser desperdiçado. ”Hoje em dia não há alternativa, a empresa que não participa desse meio corre o risco de ficar para trás no mercado”, alerta. Lojas virtuais oferecem grandes benefícios em comparação às físicas, como o alcance, conveniência e menor preço. Felipini explica que os preços são menores porque a estrutura de custo da internet também é menor. ”Mesmo com o frete, via de regra, o preço do produto na internet é menor que o da loja física. É uma diferença bastante expressiva”.

Outro diferencial do e-commerce é a alta concorrência, que amplia o leque de ofertas ao consumidor. ”Tudo que é bom para o consumidor é bom para a economia, é um círculo virtuoso”, reitera.

Informações da e-bit, empresa que fornece informações sobre o comércio eletrônico nacional, revelam que o índice de satisfação do consumidor ultrapassa 83%. ”Isso comprova que o comércio já se adaptou a essa realidade”, diz Felipini. O consumidor virtual é amparado pelo Código de Defesa do Consumidor da mesma maneira que o convencional.

Embora o comércio eletrônico seja mais avançado nos grandes centros, a tendência é que dentro de algum tempo todas as empresas estejam na internet. O consultor prevê que em alguns anos todos as residências terão internet e isso, possivelmente, será bastante positivo para o e-commerce.

Como investir no comércio eletrônico

O investimento nesse canal é bem menor e o retorno financeiro é mais rápido. Conforme Joel Franzini Júnior, consultor do Sebrae e gestor do projeto Vestuário, para a abertura de uma loja convencional são necessários R$ 100 mil, enaquanto o custo básico para uma virtual fica em torno de R$ 5 mil. Como exemplo de bom resultado, ele lembra de uma loja virtual da cidade que foi inaugurada há um mês e meio e já atinge faturamento mensal de R$ 25 mil.

A expansão do e-commerce obriga o empresário a se familiarizar com outras formas de venda. Para iniciar nesse ramo, Felipini ensina que a primeira preocupação deve ser adquirir conhecimento sobre esse novo canal de comercialização, tendo em vista que o perfil do consumidor on-line é diferente. Em primeiro lugar, majoritariamente integram esse grupo as classes A, B e C, ”que são mais informadas, críticas e exigentes”.

Além disso, é necessário, também, ter comprometimento e planejamento. ”Esses cuidados minimizam o risco de não dar certo”, afirma. Ele acrescenta que o sucesso depende da competência e força do empreendedor, da escolha do nicho de mercado, competência gerencial, qualidade do serviço.

Aline Vilalva

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