Empresas criam arsenal para melhorar segurança na internet
26/10/2004
O acesso à internet se populariza na mesma proporção em que cresce a preocupação com as fraudes online. A corrida das empresas para driblar esse entrave pode ser constatada na maior feira de tecnologia da Itália, aberta esta semana. As questões de segurança também abalam o mercado corporativo no Brasil, onde ao menos 87% dos problemas sofridos pelas empresas brasileiras nos últimos doze meses foram ligados a ataques de vírus. De acordo com o levantamento do IDC, a média é alta. Nos Estados Unidos, os problemas com vírus representam 85%.
Entre os problemas listados com segurança em empresas brasileiras, 48% deles foram causados de forma intencional por hackers. Em segundo lugar estão os funcionários das próprias organizações, que acabam por contribuir, sem intenção, para o surgimento de vulnerabilidades nas redes e sistemas empresariais.
A pesquisa também investigou os casos de spam. Conforme o estudo, os spams representam 37% do total de 91 bilhões de e-mails trocados diariamente via Internet.
A percentagem supera os dados apurados em 2002, quando 22% das mensagens eram classificadas como spams. O mercado mundial de software antivírus acusou em 2003 um movimento de US$ 2,7 bilhões; um crescimento de 21% sobre o total fechado no ano anterior.
Na tentativa de resolver esse e outros entraves um arsenal tem sido criado em todo o mundo. Leitores de impressões digitais, acessórios que abrem portas e transmissores para espionagem são alguns dos aparelhos que estão sendo exibidos na SMAU, feira italiana, que cobre de ferramentas para engenharia genética a jogos de computadores.
Este ano, porém, grande parte dela é dedicada à segurança, num reflexo dos crescentes temores sobre crimes e ataques terroristas. “Há muitos produtos na área de defesa e proteção de dados. É uma conseqüência ligada ao crescimento da criminalidade”, afirmou a organizadora da feira, Solly Cohen, á Reuters.
Nos Estados Unidos, a falsidade ideológica é um dos principais temores. Lá foi registrado em 2003 um aumento de 33% no número de casos relatados em relação ao ano anterior, para 215 mil.
E com a internet se transformando em importante ferramenta para militantes que planejam ataques via salas de bate-papo e fóruns de mensagens eletrônicas e publicam notas afirmando serem responsáveis por atentados, a integridade de computadores e dados está no centro das atenções da feira.
Para controlar o acesso a computadores em setores sensíveis, como bancos ou companhias de seguro, a Digent, de Taiwan, exibe um mouse com leitor de impressão digital que substitui o uso de senhas. (segue)
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