E-commerce se fortalecerá em duas frentes

29/11/2006

O e-commerce tem ganhado destaque no mercado de TI nos últimos meses. Pesquisas recentes apontam o crescimento do nicho no Brasil e na América Latina e o anúncio da fusão entre Submarino e Americanas.com, nesta quinta-feira (23/11), embalou as discussões sobre o segmento.

Dentre as diversas especulações está a proposta de parceria entre a Amazon.com e o Submarino, para que a multinacional norte-americana desse início a atuação no Brasil. “É possível que uma proposta como essa tenha levado o Submarino a procurar por parceiros para se fortalecer”, analisa Gerson Schmitt, presidente do conselho da Paradigma e membro da Câmara Brasileira de Comércio Eletrônico (Câmara-e.net).

O acordo entre dois grandes players brasileiros deve impulsionar o e-commerce nacional e latino-americano em duas frentes. A primeira é o fortalecimento da atividade já existente. A segunda é o varejo físico, que vai perceber que não pode ficar de fora de um segmento que está amadurecendo positivamente.

“O mercado brasileiro não acreditava que a Era do comércio online chegaria tão cedo. Agora já foram testadas a viabilidade, a força da atividade econômica e outras variáveis”, justifica Schmitt. “Espera-se que os empresários reconheçam a grande eficiência varejista da web e o quanto esse segmento pode ajudar a economia a girar.”

Anunciada ontem, a fusão de Submarino e Americanas.com ainda está sob aprovação de acionistas, de órgãos regulatórios e do sistema brasileiro de defesa de concorrência, formado pela Secretaria de Direito Econômico (SDE), pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) e pela Secretaria de Acompanhamento Econômico (SEAE).

“Serão avaliados diversos aspectos como a dificuldade que a nova empresa vai impor a futuros entrantes do nicho e o poder de barganha que ela terá com os fornecedores”, explica Rafael Adler, coordenador da área de direito concorrencial da Azevedo Sette Advogados. Segundo o e-bit, a B2W, companhia resultante da união, terá 57% do mercado se a operação for aprovada.

Joana Horta e Jordana Viotto