E-comm começa a conquistar empresas comunitárias européias

27/01/2007

O comércio electrónico começa aos poucos a fazer parte do quotidiano das empresas sedeadas na Europa comunitária. É, pelo menos, esta uma das conclusões do estudo elaborado pelo Eurostat, que analisa o estado actual da Internet e de outras redes e a sua utilização no seio das empresas localizadas nos países que integram actualmente a União Europeia.
 
Diz este organismo que cerca de 24 por cento das companhias analisadas efectuam já as suas compras através da Internet, com o Reino Unido a liderar claramente. Neste caso, cerca de «metade das companhias inglesas» recorre já à Internet para efectuar as suas compras. Já no que diz respeito à utilização do comércio electrónico para vendas, os números são substancialmente inferiores, com apenas 12% de todas as companhias analisadas a optarem por este método. Diz o Eurostat que a adopção de uma estratégia de vendas via Internet «pode ser mais complicada do que a de compras», razão que pode explicar esta discrepância.

A este respeito, cerca de 12% das empresas portuguesas estão já a efectuar as suas compras online e 9% a disponibilizar uma área de vendas também através da Internet. Numa análise sectorial em toda a União Europeia percebe-se que as vendas online são mais utilizadas por hotéis e outros locais de reserva de estadias curtas, com quase um terço das empresas do sector a adoptar esta alternativa. Já o sector da construção surge em último lugar no que respeita a vendas online, com apenas 3% do total. Por seu lado, são as empresas ligadas ao sector dos serviços (com 56%) e da manufactura (com 18%) as que mais compram através da rede.
 
O estudo do Eurostat dá ainda conta que na maioria das empresas europeias com 10 ou mais funcionários a conectividade à Internet está já a atingir um ponto de saturação. Assim sendo, mais de 91% das companhias analisadas dispõem de acesso à Internet (com os valores a variarem em média entre os 98% verificados na Finlândia, os 97% da Dinamarca e os 75% registados na Letónia). Ainda assim, Portugal situa-se bastante abaixo da média europeia, com apenas 37% das companhias a disponibilizarem acesso à Internet.

O organismo europeu de estudos de mercado quis ainda saber qual o número de empresas comunitárias a dispor actualmente de website. A conclusão é que 61% das empresas têm de facto uma página na Internet, sendo a maioria composta por grandes companhias. Neste caso, a média é de 90% contra apenas 79% das pequenas e médias empresas, mercado «onde existe um largo espaço para crescer», diz o Eurostat.

De Claudia Sargento

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