Consumidores da internet defendem opções on-line

15/03/2007

O criador de jogos eletrônicos Adir Pedro Filho, 28 anos, tem um Escort XR3 conversível de 1992. Para cuidar desse xodó ele vai buscar peças originais de reposição na internet. “Já encontrei itens como lanternas e capotas que não se acha mais nas oficinas”, diz.

No site que ele usa para as compras, o Mercado Livre, qualquer usuário pode anunciar produtos para vender: vão desde roupinhas de bebês e pares de tênis até automóveis e freezers.

Filho conta que usa o e-ommerce (comércio eletrônico) há seis anos e nunca teve dores de cabeça. “Os sites sérios usam assinaturas eletrônicas e também só aceitam o dinheiro quando a venda é perfeita”, diz.

Ele afirma que só tem precauções sobre a forma de pagamento e prefere os boletos bancários. “Gosto de pagar no banco, senão fica muito fácil e gasto demais”, completa.

No cartão
A programadora Amanda de Maia Areias, 21, gasta de R$ 20 a R$ 30 por mês com livros, CDs ou DVDs comprados em sites como o Submarino ou da Livraria Cultura.

Para evitar as filas de bancos e não precisar imprimir nada, ela diz que prefere fazer suas compras com o cartão de crédito. “Procuro comprar só em sites maiores e seguir as orientações de segurança”, comenta.

A última compra de Amanda foram de três livros auto-ajuda e finanças pessoais. Ela recebeu as obras pelo Correio em três dias úteis.

Segundo a Câmara Brasileira de Comércio Eletrônico, em 2006 o e-commerce movimenta no Brasil R$ 4,4 bilhões — 76% acima do valor de 2005, R$ 2,5 bilhões. Os três grupos de produtos mais vendidos foram CDs e DVDs (17%), eletrônicos (15%) e livros, revistas e jornais (13%).

A consultoria Ibope/NetRatings estima que o Brasil tem 14 milhões de usuários na internet.

Procon alerta para armadilhas
O Procon alerta que, apesar da comodidade das compras pela internet, essa forma de comércio pode prejudicar os consumidores.

As reclamações mais comuns no órgão são o atraso ou a não entrega de produtos, venda de itens já fora do estoque, mal-atendimento no pós-venda e cobrança errada de valores. É importante verificar se o site oferece proteção através de recursos como o SSL (Secure Socket Layer).

É possível checar isso se um desenho de cadeado aparecer no canto inferior direito do navegador ou se “https” aparece no link do site no momento em que você realiza uma transação. Anúncios comerciais na internet podem também conter informações falsas.

Por isso, em casos de transações pessoais (sem a intermediação de sites), é necessário tomar ainda mais precaução e não liberar o dinheiro sem a garantia de qualidade do produto.

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