Comércio eletrônico: pró-atividade é crucial para combater o crime virtual

21/09/2007

Em evento realizado nesta terça-feira, 19/09, na capital paulista pela Symantec, para a divulgação dos resultados de uma pesquisa sobre Ameaças à Segurança na Internet, o tema comércio eletrônico foi um dos mais sensíveis.

O delegado da 4ª delegacia de crimes organizados praticados por meios eletrônicos de São Paulo, José Mariano de Araújo Filho, alertou que dos cerca de 1000 inquéritos em andamento na delegacia, pelo 20% são ligados as fraudes cometidas através de sites voltados para a compra e venda de produtos.

“O consumidor precisa ser trabalhado. É preciso criar uma cultura maior de segurança no Brasil e as lojas sérias, que querem investir no mercado Internet para vender suas mercadorias, precisam ficar atentas. Há muito descontentamento por parte dos clientes, que acabam entrando em sites ‘criminosos’ e perdem dinheiro. Com isso, os sites legais sofrem porque perdem a confiança”, observou Mariano de Araújo Filho.

Para o delegado, as lojas que aderem ao comércio eletrônico precisam reforçar seus sistemas e fazer campanhas massivas de marketing para esclarecer e divulgar as melhores práticas de negócios. “O varejo aderiu à internet. É válido que se aculture. Que haja uma instrução ao consumidor”.

Dados divulgados pelo advogado especializado em direito eletrônico, Renato Opice Blum, dão conta que, apenas este ano, mais de 15 mil ações ligadas aos crimes eletrônicos foram julgadas nos tribunais nacionais, estatística que coloca o Brasil à frente de muitos países do chamado primeiro mundo. Os especialistas pedem a aprovação, num curto prazo, da Lei que tipifica os crimes cometidos nos meios eletrônicos.

“Com ela, também vamos poder pegar, infelizmente, aqueles consumidores que se aproveitam das fragilidades do sistema, para fraudar o processo e ganhar vantagens nas compras on-line. Esse crime já é condenado por estelionato, mas com uma lei própria para a Internet, com punições estabelecidas é um caminho para que o cliente honesto passe a acreditar no meio eletrônico”, completou Mariano Filho.

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