Cibercrime pode ganhar leis globais

17/10/2002

Os principais combatentes internacionais aos crimes via computador encerraram na quarta-feira uma conferência de três dias com um pedido de maior cooperação mundial no combate aos delitos online.

Os policiais que comandam o combate ao cibercrime em 37 países concordaram, durante uma reunião na Coréia do Sul, ser necessárias investigações mundiais para perseguir os criminosos online que operam com pouco respeito pelas fronteiras nacionais.

‘Os cibercrimes são crimes mundiais, e usam redes mundiais de tecnologia da informação’, disse Des Berwick, um oficial executivo do Australasian Center for Policing Research, durante a quinta conferência da Interpol sobre os crimes via computador.

A Interpol – que promove a cooperação entre as polícias internacionais e não lida com crimes envolvendo apenas um país – está sediada em Lyon, na França, e tem 179 países membros.

Foi a primeira vez em que a Interpol realizou sua conferência sobre crimes realizados via computador fora de sua sede, e não foi por coincidência que a Coréia do Sul foi escolhida como sede. A Coréia do Sul dispõe do maior número de usuários de Internet em banda larga do mundo e tem estatísticas sobre cibercrimes à altura.

A Interpol criou uma divisão especial, a Unidade de Crimes de Alta Tecnologia, para combater esse tipo de crime, em 2000.

`Um componente importante dessa conferência sobre as atividades da Interpol é o encorajamento e o estabelecimento de mecanismos cooperativos, de modo que se tenha ligações de comunicação’, disse Berwick. `As forças policiais podem investigar simultaneamente em todo o mundo’.

A falta de leis de repressão ao crime online prejudica as investigações internacionais sobre o número crescente de crimes praticados envolvendo a internet.

Cerca de 50 a 60 a países têm leis nacionais contra os crimes de computação, mas ainda restam mais de 100 países cujos códigos penais não dispõem de leis sobre delitos envolvendo computadores, disse Marc Goodman, representante das operações da Interpol nos Estados Unidos.

`Ter leis em vigor é o primeiro passo’, disse Berwick.

Por Kim Yeon-hee

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