Caminho da internet aponta para inclusão


14/11/2002

“Para entender os rumos do comércio eletrônico é preciso visualizar o panorama do mercado de forma ampla, sem observar apenas a relação empresa-consumidor”. Foi a partir dessa premissa que Amyris Fernandez, professora do Ibmec, instituição de ensino voltada para a formação de profissionais na área de economia, discutiu o impacto da internet nos negócios, durante a Expo Management, que aconteceu semana passada.

Na sua opinião, o e-business passa por toda a transferência de informações entre governo, empresa, cliente, associações e entidades. Diante desse cenário, ela acredita que o segmento passa por uma fase de consolidação. “Este ano, a previsão é de que no Natal, o B2C atraia um número maior de compradores. As transações bancárias online são cada vez mais intensas e empresas de todos os portes estão investindo para transformar suas relações físicas em eletrônicas”, destaca Fernandez.

Todo este processo, no entanto, inclui apenas o setor produtivo da sociedade. A professora defende iniciativas que cumpram a promessa de democratização da internet. “A importância disso para o empresário e para as corporações que desejam atuar no mercado virtual está no aumento da capacidade de compra”, diz. Para ela, as possíveis soluções de inclusão digital, da maior parcela da população, estão em propostas de ensino para os menos favorecidos, considerando a educação em sentido amplo.

“O governo deve estar comprometido, utilizando todas as formas de mídia para levar o conhecimento a todas as partes do país. Uma população educada movimenta a economia, fazendo-a crescer”, reflete. Fernandez fornece alguns números que mostram a revolução do e-business e do comércio eletrônico.

Em 1999, 300 empresas de TI tornaram-se públicas. No final daquele ano, 400 pontocoms já tinham ações negociadas na Nasdaq, com valor de mercado de US$ 1,3 trilhão, volume equivalente a 8% do mercado americano de ações. No entanto, menos de 25% dessas empresas geravam lucros.

A professora lembra que no início de 2000, os investidores começaram a exigir resultados. Já são 895 as empresas de internet que fecharam as portas ou declararam falência de lá até agora. Os principais setores que se desenvolveram na Web são o automotivo, financeiro, propaganda, indústria de mídia & entretenimento e bancário.

Ligia G. Sanchez é repórter do Intel Hot Site

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