Business Intelligence: Caminho para abertura de novos mercados


29/05/2005

O Ministro da Agricultura Roberto Rodrigues por ocasião do 24º Encontro Nacional de Comercio Exterior – ENAEX definiu o termo “globalização” da seguinte forma:

“A globalização significa basicamente a inclusão social e econômica bem como a exclusão social e econômica”.

Em outras palavras, apenas os países posicionados estrategicamente no mercado internacional prevalecerão em face das pressões econômicas e sociais, fruto do mundo globalizado.

A prosperidade de nossa nação depende da internacionalização de nosso país e das empresas, cujo potencial produtivo e de investimentos, estão vinculados a visão clara da corrente de comercio mundial.

As exportações representam extraordinária alavanca do desenvolvimento. Se o setor exportador vai bem, a economia agradece e gera renda e empregos.

Além disso, expõe o Brasil a um nível elevado de competição, o que é extremamente saudável para a indústria nacional, à medida que se moderniza para conquistar novos mercados.

Medir a corrente de comércio do Brasil e a corrente de Comércio Mundial, pode ser uma boa maneira de amparar a decisão de exportar imediatamente ou adequar a empresa para tal empreendimento.

O objetivo de exportar pode ser alcançado, mesmo nestes tempos de globalização e de acirrada competição nos negócios, por meio da extração rápida e precisa, e por que não dizer cirúrgica, de informações com o propósito de criar dimensões, medidas, e visões estratégicas para a tomada de decisões sobre mercados-alvo, produtos, logística, etc. A analise e a interpretação correta dos dados proporciona uma visão holística da corrente de comercio mundial.

Dentro deste panorama parece-nos essencial disseminar a cultura da análise estratégica de dados, em especial, dos provenientes dos mercados externos por meio do conceito revolucionário de Business Inteligence, pois, observam-se empresas adquirindo bancos de dados a um custo exorbitante para, em seguida, concluírem que se tratou de um investimento frustrado. A “sopa de letras” não produziu a visão estratégica tão almejada e imprescindível à prosperidade da empresa.

Diferente do que se pensa, o conceito de Business Intelligence não é novo. Nações proeminentes e outros povos do Oriente utilizavam esse princípio há milhares de anos, quando cruzavam informações obtidas do ecossistema em benefício próprio. Observar e analisar os períodos de seca e de chuvas, o comportamento dos animais, a posição dos corpos celestes, entre outras, eram formas de obter informações e utilizá-las para tomar as decisões que permitissem a melhoria de vida de seus povos e alcançar a tão almejada prosperidade.

Muita coisa mudou com o passar do tempo, mas o conceito permanece o mesmo. A necessidade de cruzar informações para realizar uma gestão empresarial eficiente é hoje uma realidade tão verdadeira quanto no passado o foi descobrir se as mudanças climáticas resultariam numa boa colheita ou em prejuízo, ou se o ciclo das marés propiciariam uma pescaria mais abundante.

No final do século XVI, a Rainha Elizabeth I, visando ocupar os territórios conquistados, determinou que a base da força inglesa fosse “informação e comércio” e solicitou ao filósofo Francis Bacon que inventasse um sistema dinâmico de informação, o qual foi amplamente aplicado pelos ingleses.

Atualmente o interesse pelo BI vem crescendo na medida em que seu emprego possibilita às corporações realizar uma série de análises e projeções, de forma a agilizar os processos relacionados às tomadas de decisão. Corporações de pequeno, médio e grande porte necessitam do BI para auxiliá-las nas mais diferentes situações para a tomada de decisão, e ainda para otimizar o trabalho da organização, reduzir custos, eliminar a duplicação de tarefas, permitir previsões de crescimento da empresa como um todo e contribuir para a elaboração de estratégias. Não importa o porte da empresa, mas a necessidade do mercado. A maioria dos analistas vêem a aplicabilidade eficiente de BI em todas as empresas, inclusive naquelas que apresentam faturamento reduzido, desde que analisado o fator custo/benefício.

Existem, ao redor do mundo, vários exemplos de implantação. No Brasil, soluções de Business Intelligence estão em bancos de varejo, em empresas de telecomunicações, seguradoras e em toda instituição que perceba a tendência da economia globalizada, em que a informação precisa chegar de forma rápida, precisa e abundante porque a sobrevivência no mercado será medida pela capacidade de “gerar conhecimento”. E somente quem fizer uma boa gestão do conhecimento irá fundamentar políticas e estratégias corporativas. O retorno que se espera de um sistema de BI depende das prioridades de cada empresa. As ferramentas de BI continuam evoluindo porque o mercado possui enorme potencial de crescimento. A velocidade imposta pelos negócios na Web exige que se dê, a quem decide, disposição e autonomia para agir. O Gartner, do mesmo Howard que deu nome ao BI, reconheceu que 2002 foi um ano que trouxe uma mudança na visão da aplicabilidade dos softwares. O que se pode imaginar para o futuro, inclusive dos negócios internacionais, é muito menos o que podemos chamar de ferramentas e muito mais o que o mercado competitivo necessita com urgência: soluções.

Antonio Jose Stefanini é formado em Administração com ênfase em Comercio Exterior. É Diretor da IT Comex (Unidade de Negócios focada no desenvolvimento de Soluções em TI para Comercio Exterior), na empresa Emphasys Tecnologia e Processos

Site: www.emphasys.com.br

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