Brasil vira laboratório de crimes digitais


27/10/2003

“O Brasil está se tornando um laboratório para crimes de informática porque prolifera o crime organizado no país e as leis para prevenir crimes digitais são poucas e ineficazes”. Isso é o que diz artigo publicado na edição de hoje do jornal norte-americano The New York Times. De acordo com o texto, os hackers brasileiros, que conseguem colaborar entre si com relativa impunidade, estão se especializando em roubo de identidade e de informações, fraude de cartão de crédito, pirataria e vandalismo online.

Conforme o artigo, nos últimos dois anos, o Brasil tem sido a base mais ativa de crime cibernético, na avialiação de uma empresa de consultoria de risco digital em Londres, a mi2g Intelligence Unit. “No ano passado, os dez grupos mais ativos do mundo de vândalos e criminosos da internet eram brasileiros”, diz o jornal, reproduzindo dados da mi2g Intelligence Unit. “Só neste ano, quase 96 mil ataques abertos na internet – os que foram registrados, validados ou testemunhados – foram traçados até o Brasil”. Ainda de acordo com o artigo, isso representa mais de seis vezes o número de ataques traçados até o segundo campeão de hacking, a Turquia.

O New York Times informa que os 20 oficiais que trabalham na divisão de crime eletrônico da polícia de São Paulo pegam cerca de 40 “cibercriminosos” por mês, mas isso é apenas uma fração do número de crimes do tipo em São Paulo que, inclusive, vem aumentando. A legislação específica para o tema data de 1988, muito antes de a maioria dos brasileiros ter sequer ouvido falar em Internet. (segue)

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