Aumento do acesso à Internet na classe C leva comércio eletrônico a salto de 79%

20/07/2006

As vendas pela Internet tiveram um salto de 79% nos seis primeiros meses deste ano, quando comparados a igual período de 2005. O volume movimentado, de R$ 1,75 bilhão, também superou a previsão inicial da consultoria e-bit, que levantou os dados e esperava negócios da ordem de R$ 1,5 bilhão.


Um dos fatores que impulsionou o comércio eletrônico no semestre foi o aumento no número de brasileiros que passou a comprar pela Web. A consultoria citou em especial o aumento das pessoas com renda familiar até R$ 1 mil, que respondia por 6% das vendas na Web em 2001 e cujo índice passou a 8% este ano. Já a faixa da população que ganha entre R$ 1 mil e R$ 3 mil, que gerava 32% das vendas eletrônicas em 2001, passou a responder por 37% este ano.


Segundo a e-bit, com a mudança, a faixa de renda dos adeptos de compras virtuais, que era de R$ 4.014 em 2001, caiu para R$ 3.683 ao mês este ano.


A população de menor renda passou a ter mais acesso à Internet com a popularização do computador, até então a principal barreira de entrada para a inclusão digital da população.


Em 2005, o governo editou medidas de incentivo aos microcomputadores, que isentaram de PIS/Cofins as máquinas de até R$ 2.500 (R$ 3 mil no caso de notebooks) e ainda garantiram financiamento ao varejo no caso dos equipamentos com Linux até R$ 1.400.


As medidas, aliadas à queda do dólar ante o real, levaram o mercado em 2005 à primeira queda nos índices do mercado cinza – de máquinas sem marca, montadas muitas vezes com peças contrabandeadas. As vendas de microcomputadores cresceram 34% em unidades no ano passado.


O desempenho do comércio eletrônico no semestre fez com que a e-bit elevasse sua projeção para todo o exercício. Enquanto a consultoria esperava vendas de R$ 3,9 bilhões, agora ela já projeta que o varejo virtual movimente mais de R$ 4 bilhões no país em 2006.


(Taís Fuoco | Valor Online)

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