As vantagens e os perigos do e-commerce

06/01/2009

Sandra Turchi*

Muitos micros e pequenos empresários devem estar se questionando se ainda podem ficar fora da internet, visto que o seu dia-a-dia é tão desgastante, com tantas demandas, que parece ser impossível pensar em mais uma tarefa. Pois é… lamento informá-los, mas não há como evitar, o futuro dos negócios passa por esse caminho.

Apenas para lembrar: há mais de 1,4 bilhões de pessoas online (22% da população mundial), mais de 500 mil pessoas que entram na internet pela primeira vez, há mais de 165 milhões de sites. O Brasil já é o sexto país em número de usuários, com mais de 50 milhões de pessoas e é o primeiro no ranking latino. Mais de 24 milhões de brasileiros acessam de suas casas e aproximadamente 37% dos usuários pertencem à classe C. Além disso, é o primeiro país em tempo de navegação, pois a média de tempo gasto pelos brasileiros é de 24 horas/mês.

A previsão de faturamento para o ano de 2008 está em torno de 8,5 bilhões de reais, o que representa 40% a mais do que em 2007, e as mulheres são responsáveis por 50% das compras via internet.  Somente no primeiro semestre de 2008 foram emitidos mais de 11 milhões de pedidos online no Brasil, com ticket médio de 324 reais, com 3,5 milhões de novos consumidores. Os produtos mais vendidos são livros, revistas, artigos de informática, saúde, beleza, eletrônicos e eletrodomésticos.

Embora as micro e pequenas empresas ainda estejam um pouco distantes em termos de acesso e de estrutura de e-commerce na web (27% das micro e pequenas receberam pedidos online, sendo que nas grandes, 45% receberam esse tipo de pedidos), o momento é muito propício pois há diversas  iniciativas sendo implementadas, por instituições especializadas, para levar a esse grupo de empresários diversas soluções práticas que possibilitam uma ampla visão dos procedimentos e investimentos necessários para sua entrada no mundo digital. Essa entrada pode ocorrer de forma bastante consistente e econômica, para que estes atendam seus clientes de maneira segura e moderna, além de poderem acessar novos mercados e trazer novas receitas para seus negócios.

Como exemplo, há instituições bancárias com linhas de crédito especiais, empresas que apresentam lojas virtuais pré-formatadas, empresas com soluções para atender à questão da logística de forma prática e viável, há cursos para facilitar a divulgação nos mecanismos de buscas, normalmente utilizada para que a empresa seja localizada de acordo com a necessidade do consumidor que está procurando algo específico, enfim, toda uma gama de opções que possibilitam a entrada nesse novo mecanismo de vendas.

Porém, há uma questão muito importante a ser salientada, que é a segurança, tanto para quem vende como para quem compra na internet. Para quem está estruturando sua loja virtual é fundamental procurar se utilizar de fornecedores com credibilidade no setor, para trazer maior confiabilidade, bem como ter certificação de dados, utilizando-se de empresas especializadas nesse aspecto, e com isso trazer maior segurança aos seus clientes.

Do lado do consumidor algumas precauções devem ser tomadas antes de qualquer compra a ser realizada pela internet. Procure verificar se o site que você está acessando possui essa certificação de dados, como citado acima. Para isso existe um símbolo que valida o site, basta procurar. Depois da escolha dos produtos, quando estiver evoluindo para a parte da transação e pagamento, verifique se aparece a informação de que você está em uma “área segura” do site (aparecerá um cadeado e também “HTTPS”, esse “s” significa que você está seguro), isso quer dizer que as informações estarão trafegando de forma ‘encriptada’, ou seja, não correm o risco de ser “roubadas”.

Outro aspecto que você pode observar é se a empresa investe em algum tipo de divulgação na internet (banner’s, links patrocinados nos sites de busca, etc…), e se a empresa tem algum tipo de pesquisa para avaliação de satisfação ao final do processo de compra, o que demonstra que ela é mais idônea e se preocupa com a volta do cliente.

O consumidor pode optar também por adquirir produtos em lojas já conhecidas no mundo real, quer dizer, aquela loja que ele já costuma comprar nos shopping center, por exemplo, para ter maior certeza de que a loja existe e usar a internet a seu favor, para não pegar filas ou mesmo ter que pagar estacionamentos. Outro benefício muito interessante para quem compra é a forma de pagamento, normalmente até 12 parcelas, e com entrega gratuita ou com baixo custo. Vale a pena.

*Sandra Turchi é Superintendente da Associação Comercial de SP
(principais fontes utilizadas: e_bit, Comite gestor da Internet no Brasil, UOL statistics, IAB)

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