As 7 tecnologias quentes para ficar de olho em 2008

06/05/2008

Anualmente, o TechLab® (laboratório de pesquisas e análise de tecnologias) da E-Consulting® Corp. divulga o estudo anual “7 Hot Techs®”, que aponta as principais tendências tecnológicas a se acompanhar nos anos futuros.

Enfatizamos junto aos pesquisadores e consultores de nossa equipe que procurem selecionar as tecnologias e conceitos tecnológicos que, apesar de no momento poderem ser mercadologicamente imaturos, comercialmente inviáveis ou até mesmo tecnologicamente incompatíveis, certamente serão aqueles que, em 2 ou 3 anos, irão impactar radicalmente na forma como as empresas, seus negócios, relacionamentos e processos corporativos serão conduzidos a partir de então. Portanto, radar nelas.

São tecnologias às quais recomendamos que os CIOs, CTOs e até CFOs e CEOs comecem a pesquisar, a acompanhar e a entender a partir de agora, para que suas empresas se mantenham competitivas no futuro de médio-longo prazo. Assim, não são tecnologias para adoção imediata, mas sim tecnologias para estudo imediato sobre potencial adoção no médio-prazo e sobre como fazer isso, quais suas implicações, restrições, benefícios, etc.

Acima de tudo, procuramos fugir das tradicionais apostas norteadas pela indústria, as mesmas que previmos anos atrás, que funcionam como a postulação do óbvio. Dizer hoje que Governança de TI, Outsourcing, Web 2,0 ou TI como Serviços serão destaques em 2008 não é um serviço de valor diferencial para o CIO ou para o interessado/investidor em TI.

Isto posto, vamos às tecnologias e conceitos tecnológicos que selecionamos para 2008:

1.    User-Oriented Meta Component Application Frameworks – termo utilizado para designar os frameworks totalmente transparentes, auto-integráveis, componentizáveis e implementáveis, delineados sob o prisma  do usuário final, compostos por tecnologias de diferentes padrões e naturezas, porém com alto grau de interoperabilidade e performance casada. Estes serão os novos sistemas (de gestão, comunicação, transação, etc) do futuro.

2.    TI como Processo – primeiro a tecnologia substituiu processos por softwares de gestão, tais como ERP e CRM. Depois, integrou etapas de diferentes processos e diferentes atores em cadeias eficientes (Ex. SCM, EIS, etc). Agora, a TI reescreve os processos corporativos a partir de sua redefinição via SOA. A mudança central deste ponto em diante, portanto, será passar a desenhar os processos nativamente a partir de TI, uma vez que TI corporativa, cada vez mais, será processo desde sua gênese.

3.    CDO (COO + CIO) – Chief Delivery Officer, ou seja, a fusão do COO (Chief Operation Officer) com o CIO (Chief Information Officer). Com a evolução de TI e processo para praticamente a mesma coisa e com o renascimento do papel do CTO, que agora deverá cuidar de infra-estrutura em geral (segurança, conectividade, hardware, eletricidade, facilidades, máquinas, etc), o papel do COO e do CIO tenderão a se confundir fortemente, se consolidando em conduzir processos e entregar a performance esperada pela empresa em seus diversos negócios. Vale lembrar que conduzir processos, cada vez mais será pilotar a performance, sob a ótica de negócios, dos sistemas e aplicativos TI.

4.    InterneTI – A Internet vem se tornando o principal celeiro de desenvolvimento das aplicações corporativas, tanto de infra-estrutura, como de operação. E isso será cada vez mais verdade, uma vez que convergência, mobilidade, interoperabilidade e segurança vêm tornando este tipo de abordagem mais e mais eficiente e cost-effective. Daí, haverá grande tendência a se construir “fora” da empresa boa parte dos aplicativos e sistemas corporativos (endossando tendências como TI Serviço, TI Utility, etc), bem como de se pilotar boa parte da operação de TI da empresa (armazenamento, segurança, etc), endossando tendências como outsourcing. Outro ponto é que naturalmente os sistemas corporativos tenderão a ser, em alguns casos, 100% Web-Based de início, o que transformará, no limite, todas as empresas em elos de uma rede integrada maior de sistemas em operação transacionando informações. A isto, damos o nome de multistakeholder integration network, ou seja, a teia de agentes econômicos integrados que será a cara do mercado colaborativo/competitivo nos próximos anos.

5.    Consumidor 2.0 – Este processo de desenvolvimento da multistakeholder integration network, somado à evolução das redes sociais, das ferramentas 2.0, da convergência total de mídias e dos modelos colaborativos criará as chamadas Learning Web Networks, pilotadas pelos consumidores 2.0, ou seja, os consumidores geradores de mídia, processo hoje ainda na maternidade. Com sua atuação propositiva, crítica, transformadora e vigilante, estes consumidores acabarão sendo catapultados a se integrar efetivamente às redes colaborativas de desenvolvimento de produtos e serviços das próprias empresas.

6.    Knowledge Components – Da mesma maneira que aplicativos de TI e softwares em geral se transformaram em componentes replicáveis e com forte apelo de usabilidade, o conhecimento em si também será formatado em componentes agregáveis, beneficiáveis e comercializáveis, verdadeiros pacotes de output transacionados de usuário para usuário, agregados em redes interdependentes.

7.    GAI-TI – Gestão de Ativos Intangíveis de TI – É sabido que TI responde por boa parte dos investimentos anuais das empresas, mas que, por outro lado, caracteriza-se por ser um investimento cujo resultado, à exceção de modelos de redução de custo por substituição, é de natureza mormente intangível, já que está ligada à elementos como ganhos de performance, modelo de negócio, conhecimento, inovação, etc. Desta forma, e para se balizar a discussão com CFOs, CEOs, conselhos e acionistas, caberá ao CIO ser capaz de provar o valor gerado pelos investimentos feitos em TI, principalmente quando o efeito prático perceptível destes investimentos estiverem ligados à perenidade competitiva da empresa (portanto, de médio-longo prazo).

Por fim, outras tecnologias, como SOA, Convergência e Mobilidade, Personal Knowledge Management e Gestão do Capital Tecnológico (GCT), já apontadas em anos anteriores por nossos estudos, também estarão no palco principal das discussões de TI em 2008.

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