Apareça e cresca


Você é um produto. De nada adianta resistir a essa idéia, por mais que ela lhe desagrade. Para ser bem sucedido em sua profissão, mais cedo ou mais tarde, você terá que pensar em si mesmo como um produto. E, para colocar esse produto à disposição do mercado, terá que lançar mão do marketing pessoal. É uma questão de sobrevivência.A maioria das pessoas não faz, nunca fez e resiste em fazer marketing pessoal. Primeiro, porque ninguém nos ensinou a fazê-lo, nem em casa, nem na escola. Segundo, por medo de parecer ridículo, inconveniente, e ser rejeitado.Sempre que ouvimos falar em marketing pessoal, pensamos imediatamente em alguém que fala mais do que faz, adora se auto-elogiar e chamar a atenção sobre si nos lugares que freqüenta. Todos nós conhecemos alguém assim e, convenhamos, esse alguém é invariavelmente um chato. Provavelmente, ele imagina estar fazendo marketing pessoal, mas esse comportamento não passa de exibicionismo estéril. Fazer marketing pessoal é algo mais complexo, exige auto-conhecimento, planejamento e ações continuadas. É uma estratégia que envolve os cinco Ps do mix de marketing (produto, promoção, praça, preço e posicionamento), aplicados eficazmente à sua vida profissional, de modo a gerar resultados e agregar valor à sua carreira. Vejamos como esses conceitos de marketing se aplicam à pessoa e como eles podem ser gerenciados.O P de produto – O produto é você, com suas habilidades, formação, experiências, conquistas, realizações, personalidade etc. Não estou falando do seu currículo. A empresa onde você trabalha ou deseja trabalhar, aquele cliente que você deseja conquistar, não compram currículos. Eles compram as soluções que você pode oferecer.

O P de promoção – Você ainda acredita que “um trabalho bem feito fala por si”? Esqueça isso. Estamos na era do não-emprego e a competição pelas poucas oportunidades existentes nunca foi tão acirrada. Ou seja, se você não se promover, vai mofar na “prateleira”, por melhor que seja. É indispensável comunicar e, principalmente, decidir o que comunicar. Um bom ponto de partida é descobrir o que as pessoas querem ouvir. Em seguida, elabore uma declaração incisiva, capaz de expressar em poucas palavras quem você é, o que já realizou e o que pode realizar. O mundo precisa saber o que pode fazer de bom por ele.

Imagine que acabamos de nos conhecer e que eu me apresentei assim: – Olá! Meu nome é José Alberto, sou administrador de empresas. – É bem provável que, após alguns minutos, você já tenha esquecido meu nome, pois não fiz nenhuma declaração que me diferenciasse de outros tantos Josés, administradores de empresa como eu. Agora, vamos tentar de outra forma: – Olá! Meu nome é José Alberto, sou administrador de empresas, especialista em marketing e posso ajudá-lo a obter sucesso em sua carreira. – Melhorou? Claro que sim. Eu acabo de lhe dar um bom motivo para se interessar pelo que tenho a dizer. Isso é apenas um exemplo do quanto o que você diz a seu respeito faz diferença. E você diz não apenas com palavras. Seus gestos, as roupas que você usa, o tom da sua voz, suas atitudes, tudo comunica e contribui para a formação da sua imagem.

O P de praça – Supondo que você sabe exatamente o que e como comunicar sobre o produto (você), a questão agora é determinar onde estão as pessoas que você quer que comprem suas habilidades e competências, isto é, a quem dizer. Eles são seus consumidores finais, seu público-alvo. Podem estar no seu próprio ambiente de trabalho, numa sala de aula, num evento ou até mesmo na reunião de condomínio do seu prédio.

O P de preço – A prática do marketing pessoal implica o estabelecimento de um preço que seja condizente com o produto, a mensagem e o público-alvo. Seu preço (salário ou honorário) deve ser coerente com o resto do seu mix de marketing. Se ele for percebido como muito alto, dificilmente alguém se disporá a pagá-lo e, se for baixo demais, as pessoas desconfiarão das suas qualidades.

O P de posicionamento – Imagem e posicionamento são as duas faces de uma mesma moeda. A imagem é como as pessoas vêem você, enquanto que o posicionamento resume a maneira como você gostaria de ser visto. Suas características, seu preço, sua comunicação, suas atitude, tudo isso contribui para o seu posicionamento e deve, de algum modo, diferenciá-lo dos seus concorrentes.Seu sucesso profissional depende, em grande parte, da sua capacidade de montar o mix correto e praticar o marketing pessoal continuamente, com determinação, ousadia, sensibilidade e, é claro, uma boa dose de bom senso para não se tornar aquele chato, sobre o qual falamos no início deste artigo.

Se você ainda tem alguma dúvida sobre a importância do marketing para seu desenvolvimento profissional, lembre-se daquele ditado que diz: “você nunca terá uma segunda chance de criar uma primeira impressão”.

José Alberto Fariaswww.provenda.com.br

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