A vida do “e-consumidor” começa aos 50

20/10/2007


Esqueça aquela idéia de que as pessoas acima dos 50 anos têm aversão “ao mouse”. Essa realidade está mudando e, cada vez mais, os internautas nessa faixa etária perdem o medo de se aventurar pelas páginas da web e até de fazer compras por meio da rede mundial de computadores. É o que mostra o levantamento realizado periodicamente pela empresa paulista e-bit para monitorar o comércio eletrônico no Brasil. Nos primeiros seis meses do ano, 15% das compras online foram realizadas por “e-consumidores” de 50 a 64 anos. Os compradores acima dos 64 anos representam 2% das compras pela web. “Hoje, as empresas investem mais em segurança online. Isso tranqüiliza os usuários nessa faixa etária, que estão se familiarizando aos poucos com a internet e com o comércio eletrônico”, declara Pedro Guasti, diretor-geral da e-bit. Esse público dispõe de tempo e dinheiro para pesquisar e gastar na internet.


Segundo dados do Ibope, a maioria dos internautas com mais de 55 anos pertence às classes A e B, tem formação superior e até pós-graduação. “E as compras pela internet são uma ótima opção, sem que eles enfrentem o trânsito e a falta de segurança nas ruas, por exemplo”, enumera Guasti. Por conta da inserção dessa faixa etária da população no mercado online, ele alerta as empresas para a importância de investir na facilidade da navegação de seus sites, a partir de um layout limpo e amigável. “Além disso, como o usuário não pode pegar o produto nas mãos, é preciso proporcionar sensações que o faça conhecer o produto, como trechos de músicas de um determinado CD”, sugere.

De janeiro a junho, o comércio eletrônico movimentou R$ 2,4 bilhões no Brasil. A estimativa é de que chegue a R$ 6,4 bilhões até o final do ano. Guasti esteve em Porto Alegre nesta terça-feira para o Seminário Comércio Eletrônico. Criado pela e-bit, Sebrae, Correios e Câmara e.net, o evento busca desmistificar as vendas pela internet para micro, pequenos e médios empresários.

Abaixo, confira as informações sobre aquilo que o usuário quer e o que não quer encontrar nas lojas virtuais:

Quer
Fácil navegação
Entrega rápida
Bom preço
Variedade
Comodidade
Segurança na circulação de seus dados financeiros

Não quer
Alto valor de frete (que algumas vezes chega a 50% do valor do produto)
Pouca informação sobre os produtos
Preço alto do produto
Prazo de entrega muito longo

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