A informatização da Indústria Imobiliária


19/06/2004

A informatização e a automação dos empreendimentos imobiliários são hoje requisitos que começam a fazer diferença, nas vendas, e têm sido uma das grandes preocupações da Fiabci/Brasil. Nossa federação tem procurado trazer para o associado o que está sendo feito de novo, lá fora, nessa área, ajudando assim a modernizar o setor.

As pessoas estão cada vez mais querendo morar com conforto e podendo usufruir tudo o que as novas tecnologias têm para oferecer. A popularização da Internet já invadiu a periferia das cidades brasileiras e chegou até as favelas. Escolas de informática e cidadania (as EICs) já fazem parte da força desse que é chamado de terceiro setor e que movimenta profissionais jovens em prol da cidadania. Vale lembrar que o Dia Nacional da Inclusão Digital surge como um alerta e um estímulo contra a exclusão digital.

Fato é que, hoje, é comum trocar o CD pelo DVD e os desenhos animados dos "Jetsons" já não são tão futuristas quanto pareciam, na época em que foram lançados. A TV a cabo é hoje produto agregado e não se concebe mais um lançamento imobiliário que não recorra também a ela.

Em certos nichos do mercado imobiliário, entretanto, tais inovações parecem ainda estar distantes de nosso dia-a-dia. As soluções inteligentes para edifícios e casas com sistemas de Internet (por meio de acesso dedicado, eliminando o uso de linhas telefônicas convencionais), bem como controles de segurança e automação, já são ingredientes presentes no mercado imobiliário. Começa a se delinear a planta telemática que mostra a distribuição dos pontos de Internet a serem planejados na habitação. A Intranet, permitindo ao usuário ter acesso aos serviços do condomínio e do empreendimento, a partir de seu próprio computador ou de sua TV, também já é um fato.

A administração e segurança do condomínio, ambas conectadas em rede, possibilitando controles como autorização de entrada de visitantes, também já são uma realidade e requisitos que fazem a diferença, na compra. Temos ainda as consultas eletrônicas às informações do condomínio e a presença de shoppings virtuais (o comércio eletrônico), que acabam se tornando fonte geradora de receita para o condomínio. Isso sem falar dos supermercados, farmácias e lojas interessadas em distribuir seus produtos, possibilitando taxas mais baixas e melhorando a relação de custo/benefício, tanto para os produtores quanto para os consumidores.

Outra realidade são os escritórios, shoppings e hotéis inteligentes, capazes de disponibilizar aos usuários sistemas específicos, como facilidade de impressão e escaneamento de documentos, mesmo quando distantes do escritório. Até "check out" pode ser feito hoje dos apartamentos dos hotéis, pela TV, incluindo compras "on line" com soluções específicas, como "Transferência Eletrônica de Fundos" (TEF).

Por todas essas razões, é preciso estar antenado com o presente/futuro, ainda que, saibamos todos, o produto imobiliário exija um longo tempo de maturação. Não podemos ficar para atrás. Por isso, temos de pensar na frente.

 

Carlos Francisco Valverde, vice-presidente de compra venda da Associação da Habitação de Campinas e Região – Habicamp tem promovido simpósios sobre a informatização e automação dos empreendimentos imobiliários . É Diretor Presidente do GrupoValverde – Newcomers consultoria imobiliária.
Site: www.grupovalverde.com.br

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