A evolução dos sites de busca


28/11/2004

Quando você precisa de uma informação qualquer, onde costuma buscá-la? Se você citou os sites de buscas, faz parte de um enorme contingente de pessoas, pois é exatamente nessas ferramentas onde 80% dos Internautas realiza suas buscas por informação. Esse percentual representa nada menos que 16 milhões de pessoas utilizando os sites de buscas; se formos além e considerarmos o mercado mundial, teremos algo ao redor de 320 milhões de pessoas procurando informações e produtos por meio dos sites de buscas. É muita gente! Mas é compreensível. Afinal de contas, onde mais se pode vasculhar cerca de 4 bilhões de documentos espalhadas pelo planeta, até se encontrar o que deseja? Não por acaso, o Google, ferramenta mais popular entre os sites de buscas, é a empresa que mais cresce nos Estados Unidos, fechando o último balanço com um faturamento de US$ 961,8 milhões e a fantástica cifra de 437.000% de crescimento em quatro anos. Em paralelo à grande concentração nesse mercado, verifica-se duas fortes tendências nos sites de busca.

Os Sites de Buscas utilizam critérios mais sofisticados

No início da Internet, os sites de busca baseavam-se unicamente nas palavras-chave escolhidas e na forma como elas estavam dispostas para estabelecer a classificação de cada uma das páginas. Isso dava ensejo a tentativas “enganar” os sites de buscas, tais como colocar a mesma palavra-chave repetidas vezes com a mesma cor de fundo da página. Atualmente truques desse tipo, podem ser facilmente detectados e punidos. Além disso, os sites de buscas se utilizam também do critério de popularidade da página como uma importante variável para determinar a sua classificação e essa popularidade é medida utilizando-se a quantidade e a qualidade de links de entrada e de saída em cada página. Evidentemente, o processo de classificação dos sites é bem mais complexo do que a simples existência de links e seria inviável tentar explicá-lo em um pequeno artigo, mas essencialmente, a lógica que está por trás desse critério é a seguinte: quanto mais links apontando para uma determinada página, melhor deve ser o seu conteúdo, caso contrário, ninguém enviaria seus visitantes até ela. Da mesma forma, links de saída para outras páginas com bom conteúdo no assunto também agregam valor, na ótica dos sites de buscas. Os especialistas estimam que o critério da popularidade utilizado pelos sites de buscas para a classificação seja responsável por pelo menos metade da pontuação das páginas e o interessante disso, é que critério torna mais precisa a avaliação de uma página na medida em que dificulta a manipulação. Ponto para os usuários e para os sites com bom conteúdo.

Os Sites de Buscas começam a cobrar

A cobrança pela inserção nos sites de buscas é a outra grande tendência. Se pensarmos bem, a própria existência de alguém que envie para nosso site milhares de visitantes todo mês, sem cobrar absolutamente nada por isso, é bom demais para ser eternamente verdade. Isso não significa que vamos deixar de otimizar os sites e partir somente para anúncios pagos. Essa mudança virá de forma gradual e durante um bom tempo os sites de buscas, ainda serão a barganha do milênio. No Brasil, o Yahoo já cobra um valor fixo pela inserção de páginas comerciais, que é relativamente pequeno, porém não garante em que posição o seu site vai ser incluído. A empresa também está introduzindo em conjunto com a Overture, o sistema de “Pay Per Click”, uma espécie de leilão por palavra anunciada onde as palavras mais procuradas têm um custo maior para o anunciante, sendo que esse custo é fixado para cada clique em direção à página. O site de buscas Terespondo também utiliza o mesmo sistema e já está funcionando a todo vapor no Brasil. O Google, um dos maiores entre os sites de buscas, já oferece o seu sistema “adwords” de anúncios pagos.

Diante desse quadro, a estratégia recomendada para o comerciante on-line é continuar a otimizar o seu site de forma a torná-lo amigável para os sites de buscas mas, ao mesmo tempo, começar a fazer algumas experiências com os anúncios pagos de forma a ganhar know-how e não ser pego de surpresa num futuro próximo.


Dailton Felipini é Mestre em Administração pela Fundação Getúlio Vargas e professor de ecommerce na Universidade Ibirapuera. Autor de vários ebooks e editor dos sites: www.e-commerce.org.br e www.abc-commerce.com.br

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