A confiança é um alvo móvel: mire com sabedoria


13/10/2004

Com quatro selos de gravadoras diferentes e uma lista de artistas que vai desde Usher e Buddy Guy, até Pink e Too $hort, o Zomba Label Group raramente precisa forçar os fãs da música pop a notarem sua presença.

“Nós temos a sorte de que o nosso público-alvo está dizendo ‘sim, por favor, me envie materiais! Esteja na minha caixa de email!'”, brinca a Gerente de Marketing em Novas Mídias Jami Stigliano. “Ao mesmo tempo, todos aqui sabem que essa atitude pode mudar rapidamente se você não fizer as coisas da maneira certa”.

Quando diz “as coisas”, refere-se ao email marketing, uma das maiores prioridades da Zomba desde os primeiros dias em que a Internet virou febre. A empresa vem coletando milhares de nomes e endereços de email desde então, atraindo a atenção de consumidores de música com datas de shows, de turnês e fotos, além de convites dirigidos para eventos tanto convencionais quanto na Internet. Os desafios são: primeiramente o refinamento consistente das listas de emails, para ter certeza de que os fãs recebem informações que consideram relevantes (por quê enviar as datas dos shows do Outkast na costa Oeste norte-americana a um fã que mora no Reino Unido?); e em segundo lugar, dar a esses fãs opções de freqüência de recebimento e profundidade do conteúdo.

Para esse fim a empresa tenta, mesmo para suas listas mais populares, limitar o contato a uma newsletter personalizada por mês, com a ajuda da empresa de email marketing Lyris Technologies (concorrente da Bigfoot Interactive e da DoubleClick). Ofertas especiais podem ser enviadas para avisar certos fãs a respeito de lançamentos ou promoções, mas elas respeitam expressamente as políticas da empresa. É uma lição aprendida desde cedo, não apenas com as suas próprias experiências, mas também assistindo às outras gravadoras bombardearem seus clientes com mensagens que eles não pediram. “Eu não acho que exista alguém que não tenha aprendido uma ou duas coisas da forma mais difícil”, admite Stigliano. A companhia entende que a comunicação com os clientes pode gerar negócios, até um certo limite; mas quando esse limite é atingido, o excesso de comunicação causa danos no relacionamento. É um trabalho árduo não cruzar essa linha tênue. (segue)

Por Larry Dobrow, Redator Convidado

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